A verdade é que a epicondilite do cotovelo é dolorosa, muito incômoda e limitante. Afinal, ela afeta uma articulação importante e amplamente requisitada para várias tarefas do dia a dia.
Precisamos flexionar e estender os braços para cumprir ações nos serviços domésticos, no trabalho, durante o lazer ou ao praticar exercícios físicos. Quando a dor no cotovelo se manifesta, ela causa limitações de movimentos. Isso porque, ao realizá-los, sentimos desconforto ou nem mesmo conseguimos mover o braço. Também é possível que ocorram sensações de pontada ou até mesmo perda de força ou resistência
Quando a dor no cotovelo é causada por alguma inflamação, como a tendinite, podemos observar também outros sintomas, como:
• Inchaços;
• Sensação de calor na região;
• Vermelhidão na pele;
• Formigamentos ou latejamento;
• Sensibilidade.
Destaca-se que, mesmo quando a dor está amena, ela exige cuidado. Precisamos ficar atentos para observar se o quadro não sofrerá uma evolução. Afinal, dependendo do que está causando essa manifestação, existe a possibilidade de agravamento do problema com sintomas mais intensos.
Causas da dor no cotovelo
Conforme explicamos no item anterior, a dor no cotovelo pode ser desencadeada por uma tendinite. Esse problema é uma inflamação que afeta os tendões e, quando ocorre nessa região, prejudica a articulação e limita os movimentos.
Porém, a dor se manifesta em função de várias outras causas, estando relacionada a alguns problemas, como:
• Bursite;
• Luxação;
• Artrite;
• Artrose;
• Infecções
• Tensão.
De toda forma, existe uma inflamação que é muito comum e se caracteriza como uma das principais causas da dor no cotovelo. Estamos falando da epicondilite. Veja a seguir as suas características.
Epicondilite
A epicondilite, também conhecida como cotovelo de golfista, é uma inflamação dos tendões responsáveis pela flexão do punho. Pode parecer estranho, mas eles se estendem do cotovelo até os dedos, possibilitando os movimentos que fazemos com as mãos, como girar a palma para baixo ou para cima.
A epicondilite recebe esse nome porque tem uma alta incidência entre os praticantes de golfe. Afinal, ela se relaciona com o esforço excessivo ou com a sobrecarga dos tendões, que ocorre em função de movimentos repetitivos. Por isso, outros grupos de pessoas também estão suscetíveis a esse mal, por exemplo:
• Jogadores de tênis, rúgbi, squash e futebol americano;
• Praticantes de canoagem, remo e musculação;
• Jardineiros;
• Agricultores;
• Encanadores;
• Usuários de computador;
• Trabalhadores de linhas de montagem;
• Operários da construção civil.
A epicondilite também ocorre quando há falta de flexibilidade nos músculos ou desequilíbrio muscular. Ainda, é possível seu aparecimento em indivíduos de idade avançada. Sendo assim, qualquer pessoa pode ser acometida por uma dor no cotovelo devido a esse mal.
Para saber se é esse o seu caso ou não, você pode analisar os sintomas. A epicondilite desencadeia manifestações diversas, como:
• Dor aguda partindo da face interna do cotovelo até o dedo mínimo (mindinho);
• Dor ao manter a palma da mão para cima com o braço esticado;
• Dor ao apertar a mão;
• Dor ao movimentar o pulso;
• Sensação de formigamento nos dedos ou no antebraço;
• Dificuldade para flexionar o cotovelo;
• Perda de força para fazer tarefas simples (segurar um copo).
É importante saber que a epicondilite desencadeia sintomas amenos no começo, mas que tendem a aumentar sua intensidade com a repetição dos movimentos. Então, esteja atento se os incômodos não regredirem ou piorarem.
Tratamento
Uma técnica minimamente invasiva e de rápida execução tem trazido alívio e devolvido a qualidade de vida para esses indivíduos: o uso da radiofrequência.
O tratamento utiliza corrente elétrica em alta frequência por meio de um eletrodo para impedir que os nervos responsáveis pelo estímulo da dor no paciente continuem agindo.
Como funciona
Existem vários subtipos de radiofrequência, aplicadas de acordo com o tipo de dor apresentada pelo paciente. A radiofrequência térmica, também chamada de contínua, é a mais comumente realizada. O procedimento ocasiona uma lesão no nervo responsável por transmitir a sensação dolorosa, o que interrompe o processo de dor.
O tratamento por radiofrequência é realizado com anestesia local e sedação (sem anestesia geral), e até mesmo sem necessidade de internação. As contraindicações são bastante restritas, servem especialmente pacientes com problemas de coagulação sanguínea, processos infecciosos ou muito debilitados.
A técnica se torna ainda mais eficaz no alívio da dor quando associada a outros métodos, como a fisioterapia, acupuntura e o uso de medicamentos.
Resultados
A resposta ao procedimento é individual. Alguns pacientes necessitam apenas de uma sessão se associada a outros tratamentos — fisioterapia e medicação. Outros podem se beneficiar por meses ou até alguns anos e voltar a sentir dor. Nesses casos, o procedimento pode ser repetido.