A fibromialgia é mais prevalente em mulheres, acometendo em sua maioria pessoas de 35-50 anos. Agora imagina viver assim: Por anos com dores físicas, vivendo à base de analgésicos e tendo todas as áreas da vida afetadas por algo que você nem sabe o que é.
Muitas vezes, em meu consultório chegam pacientes com dores crônicas, muitas vezes incapacitantes acompanhadas de fadiga crônica e outros sintomas. No escopo da ciência moderna a Fibromialgia vem tendo cada vez mais lugar.
A etiologia dessa doença ainda não é bem definida pela literatura, o que torna o seu tratamento ainda mais desafiador, bem como o seu diagnóstico.
Assustador, né?
Estudos demonstram que a fibromialgia pode afetar o desempenho profissional, e a qualidade de vida de seus portadores. É o segundo distúrbio reumatológico mais comum.
Apesar de bastante prevalente o diagnóstico é muitas vezes tardio e o tratamento ineficaz. Além disso, o tratamento realizado de forma inadequada podem não só serem ineficazes como podem piorar os sintomas, pois expõe os pacientes a situações frustrantes e estressantes.
E como é realizado o tratamento “tradicional”?
O tratamento mais comum e difundido age apenas no foco em minimizar os sintomas da doença, sendo a base de analgésicos, relaxantes musculares e antidepressivos.
Essas medicações, apesar de eficazes para o tratamento do sintoma, quando consumido de forma crônica podem causar dificuldade na absorção de importantes nutrientes e piora na recuperação muscular, podendo também ter o “efeito rebote” causando mais dor.
O mecanismo de ação da fibromialgia é a resultante entre o desequilíbrio na transmissão de estímulos dolorosos periféricos e os estímulos de inibição da dor. Ou seja, há um gatilho endógeno de estímulos dolorosos porém o nosso organismo falha na inibição desses sinais. O que desencadeia esse desequilíbrio que é a grande questão.
Os principais sintomas dessa patologia são: dor crônica, fadiga excessiva, rigidez, indisposição, depressão, distúrbios do sono, cefaléia, dificuldade de concentração, enxaqueca, entre outros.
Imagem: principais pontos de dor na fibromialgia.
Estudos vêm demonstrando que a melhora no estilo de vida pode melhorar essa condição de forma significativa. Há hipóteses que os gatilhos endógenos para as dores da fibromialgia podem aumentar a partir do estado do organismo do paciente, podendo ser mais frequente em pessoas: sedentárias, obesas, com inflamação crônica de baixo grau, com disfunções metabólicas, etc.
Visto isso, além da melhora no estilo de vida com a modulação do estresse, alinhamento da alimentação, inserção de práticas de exercícios físicos regulares e regulação do ciclo circadiano, vem-se percebendo uma utilização de suplementos orais para a melhora dos sintomas.
Apesar dos estudos serem recentes e inconclusivos pode-se perceber melhora nos pacientes com fibromialgia que fizeram uso de Chlorella, Coenzima Q10 e acetil-l-carnitina. Além de adaptações nutricionais com o aumento de azeite de oliva, dieta low fodmaps, aumento na ingestão de alimentos fonte de vitamina C e E.
Destes, a Coenzima Q10 vem ganhando maior destaque, pois percebeu-se que ela tem função importante no controle e regulação do estresse oxidativo, que pode ser uma das causas da fibromialgia.
Há estudos ainda relacionando o uso de Ganoderma lucidum como tratamento para a doença. Ganoderma Lucidum é um cogumelo de origem asiática que vem sendo amplamente estudado por seus diversos benefícios em diferentes populações. É naturalmente potente em antioxidantes, agindo no controle do estresse oxidativo e consequentemente na produção de radicais livres.
Nos estudos utilizando esse cogumelo para melhora da Fibromialgia, foi utilizado uma dose de 6g diárias desse componente pelo período de 6 semanas. Em ambos estudos houveram melhora nas mulheres que consumiram esse componente, seja na maior sensação de bem estar ou maior aptidão física.
Um ponto importante a se refletir sobre essa patologia é que uma das questões que a faz tão desafiadora é a limitação na adesão dos pacientes à melhora dos hábitos de vida devido aos sintomas causados pela própria doença. A utilização de alternativas pouco invasivas e com menores efeitos colaterais, como é o caso da suplementação oral, pode ser interessante para o tratamento dessa doença.
Pense: inicia-se o uso da suplementação > pode haver melhora nos sintomas > o que permite que o paciente tenha mais disposição e motivação para melhorar os hábitos de vida > agindo com foco e coerência na remissão da doença.
O primordial para esses casos é que o tratamento seja feito de forma individualizada de acordo com as limitações e possibilidades de cada paciente.
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Referências:
Dietary Interventions in the Management of Fibromyalgia: A Systematic Review and Best-Evidence Synthesis:
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32878326/
Ganoderma lucidum Effects on Mood and Health-Related Quality of Life in Women with Fibromyalgia:
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7712001/
Ganoderma lucidum improves physical fitness in women with fibromyalgia:
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/26545669/
FIBROMIALGIA E ATIVIDADE FÍSICA: REFLEXÃO A PARTIR DE UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA:
https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-737191