A obesidade é uma questão que vem afetando cada vez mais pessoas. Ela é definida como o acúmulo de gordura corporal anormal ou excessiva. A obesidade está associada como fator de risco a diversas doenças como: Diabetes, Doenças cardiovasculares, Síndrome metabólica, e estudos ja a associam também ao agravamento da lesão do manguito rotador.
As suas causas são conhecidas: má alimentação e o sedentarismo são os principais. Sabemos que a obesidade é uma questão de saúde pública multifatorial e complexa, sendo esta associada a inúmeras questões que impedem a qualidade de vida do paciente.
Se formos pensar por uma perspectiva física, o acúmulo de gordura pode sobrecarregar as articulações pela própria pressão do corpo. Porém, além disso acontece de o tecido adiposo liberar citocinas pró inflamatórias, o que pode gerar estresse oxidativo e a tão temida inflamação crônica. Nestes casos essa inflamação corrobora para a fragilidade das fibras de colágeno, deixando-as mais propensas às lesões.
São outros fatores que também estão associados a essa fragilidade das fibras, a hipertensão e a diabetes. O seu mecanismo de ação se dá pela falta de perfusão periférica, gerando dano nos tecidos.
A lesão do manguito rotador acontece quando as fibras que ligam os ossos aos músculos se rompem na articulação do ombro. Suas causas não são bem definidas na literatura, porém estão fortemente associadas aos movimentos repetitivos e a sobrecarga da articulação.
Alguns estudos analisaram a relação entre a presença e a gravidade da lesão do MR e a obesidade e o tempo de exposição à obesidade e a relação e a prevalência de fatores demográficos e demais fatores metabólicos em indivíduos obesos com lesão do manguito rotador.
A maior suscetibilidade a rupturas e degenerações tendíneas em indivíduos com valores altos de IMC e circunferência abdominaltem uma explicação fisiológica, ligada ao aumento da produção de adipocinas (fator de necrose tumoral alfa, leptina, adiponectina, angiotensinogênio, e interleucinas 6, 8, 10 e 18), que leva a estresse oxidativo, inflamação, disfunção endotelial e apoptose celular.
De forma semelhante, os níveis elevados de açúcar no sangue têm influência sobre a saúde dos tendões. Rupturas graves são seis vezes mais comuns na presença de mais de um fator de risco cardiovascular, como DM e HAS. As diminuições da angiogênese, da proliferação de fibroblastos, da síntese de colágeno, e da liberação de fatores de crescimento são resultados deletérios observados em tendões de diabéticos, que reduzem a capacidade biomecânica tecidual e aumentam a predisposição ao desenvolvimento ou agravamento de tendinopatias.
Um recente estudo envolvendo 400 pacientes, concluiu que indivíduos hipertensos tinham de 2 a 4 vezes mais chances de sofrer rupturas grandes (envolvendo um tendão inteiro) e massivas (mais de 2 tendões) do manguito rotador em comparação com indivíduos normotensos.
As principais explicações para essa importante evidência recaem sobre o estado de hipóxia tendínea gerada pelo mecanismo hipertensivo, mesmo em indivíduos em tratamento farmacológico, uma vez que grande parte dos fármacos hipertensivos parece ter maior ação nos grandes vasos, mantendo a hipóxia no tecido tendineo e favorecendo, assim, a degeneração tecidual.
A prevenção através de uma boa alimentação, exercícios de fortalecimento, manutenção do peso ideal e boa suplementação é essencial para prevenir essas e outras lesões.
Venha para o Instituto Regenius!
A clínica oferece diversos tratamentos em saúde integrativa, seja para dores crônicas, lesões esportivas ou tratamentos para emagrecimento e qualidade de vida. Aqui contamos com tecnologias de ponta para auxiliar nos melhores procedimentos do mercado. Não perca tempo, agende agora mesmo uma consulta e venha tratar sua saúde aqui no Instituto Regenius.
Fontes:
Rotator Cuff Lesion and Obesity: A Demographic and Metabolic Evaluation. Disponível em:
https://rbo.org.br/detalhes/4801/pt-BR
Aronow WS. Association of obesity with hypertension. Disponível em:
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5599277/
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25506234/
https://www.scielo.br/j/rbort/a/dZX6XBYn4JMB3wnZTGPvrrB/?lang=en
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28604169/