Nesta época do ano, uma fruta chama a atenção: a romã. Uma fruta carregada de simbolismos culturais, religiosos e históricos, que transcendem seus benefícios à saúde física. Ao longo dos séculos, ela tem sido reverenciada como um símbolo de fertilidade, prosperidade, vida eterna e espiritualidade em várias tradições ao redor do mundo.
A romã (Punica granatum) é uma fruta que une ciência, cultura e tradição, oferecendo uma rica história simbólica e benefícios comprovados à saúde. Com suas sementes rubi brilhantes protegidas por uma casca espessa, a romã tem sido reverenciada ao longo dos séculos como símbolo de fertilidade, prosperidade e renovação. Seja no contexto religioso, mitológico ou medicinal, a fruta ocupa um lugar de destaque em diversas culturas ao redor do mundo – incluindo o Brasil, onde suas tradições são especialmente marcantes.
De acordo com um estudo publicado na revista Molecules em setembro de 2024, a romã é uma potente aliada no combate ao envelhecimento relacionado à inflamação, um processo conhecido como inflammaging. Esse tipo de inflamação crônica e de baixo grau está relacionado a doenças degenerativas, como Alzheimer, Parkinson, artrite e câncer.
No nosso país, a romã carrega um forte simbolismo associado à prosperidade e sorte, especialmente durante as festas de fim de ano. Uma prática amplamente conhecida consiste em chupar ou comer sete sementes da romã no Réveillon, mentalizando desejos de prosperidade para o novo ano. Após isso, as sementes são cuidadosamente guardadas dentro da carteira, em um gesto que, segundo a crença popular, atrai riqueza ao longo do ano. Esse ritual, amplamente praticado por brasileiros, reflete a mistura de influências culturais e religiosas, que conectam a romã aos ciclos de renovação e abundância.
O uso da romã no Brasil é influenciado por tradições mediterrâneas e religiosas, além de elementos culturais locais. É comum que suas sementes sejam compartilhadas durante a Ceia de Natal ou na virada do ano, como símbolo de união familiar e fartura. Essas tradições, muitas vezes passadas de geração em geração, mostram como a fruta transcendeu seus aspectos nutricionais para se tornar um símbolo importante no imaginário popular brasileiro.
Uma Fruta Carregada de História e Significados Globais
Embora sua importância seja evidente no Brasil, as raízes simbólicas da romã se estendem globalmente. No Judaísmo, por exemplo, a romã é mencionada na Torá como uma das sete espécies da Terra Prometida (Deuteronômio 8:8) e suas sementes, tradicionalmente associadas aos 613 mandamentos da religião, tornam-se um símbolo de bênçãos e boas ações no Rosh Hashaná (Ano Novo judaico). Já no Cristianismo, ela aparece em obras de arte renascentistas como um símbolo de ressurreição e vida eterna. No Islã, a fruta é descrita no Alcorão como uma das frutas do paraíso (Surata 55:68), sendo considerada um presente divino que representa abundância.
Na mitologia grega, a romã está intimamente ligada à deusa Perséfone, cujo consumo de suas sementes no submundo a conectou aos ciclos de renovação e fertilidade da natureza. Esse simbolismo de renascimento também é evidente em culturas mediterrâneas, onde a romã é quebrada no chão no Ano Novo em países como Grécia e Turquia, em rituais para atrair sorte e fartura. Na China, a romã é vista como um presente tradicional em casamentos, simbolizando fertilidade e descendência próspera.
Romã: Um Superalimento Reconhecido pela Ciência
Além de sua riqueza cultural, a romã se destaca por sua composição nutricional e propriedades terapêuticas. É uma das frutas mais estudadas pela ciência, graças à sua alta concentração de compostos bioativos, como punicalaginas, ácido elágico, antocianinas e flavonoides. Esses antioxidantes têm uma capacidade notável de neutralizar radicais livres, protegendo as células contra danos oxidativos, que estão associados ao envelhecimento e ao desenvolvimento de doenças crônicas, como câncer e doenças cardiovasculares. Estudos mostram que a romã possui uma capacidade antioxidante até três vezes maior do que alimentos renomados, como vinho tinto e chá verde, e tem uma concentração de antioxidantes superior à de frutas como a uva e o mirtilo.
Fonte abundante de vitaminas e minerais essenciais para a saúde, entre os seus principais nutrientes presentes, encontramos:
- Vitaminas: Rica em vitamina C, importante para o sistema imunológico, e vitamina K, fundamental para a coagulação sanguínea.
- Minerais: Contém potássio, que auxilia no controle da pressão arterial, e fósforo, essencial para a saúde óssea.
- Antioxidantes: Possui compostos como flavonoides, antocianinas e ácido elágico, que combatem os radicais livres e reduzem o estresse oxidativo.
Benefícios para a Saúde
A romã é uma fruta rica em nutrientes e compostos bioativos que proporcionam diversos benefícios à saúde. A seguir, apresentamos dez razões, embasadas em literatura científica, para incluir a romã em sua alimentação.
1. Atividade Antioxidante
A romã é rica em compostos antioxidantes, como:
- Polifenóis: Ácido elágico, punicalaginas, antocianinas e flavonoides.
- Esses antioxidantes neutralizam os radicais livres, moléculas instáveis que podem danificar o DNA das células e promover a formação de tumores.
- Ao reduzir o estresse oxidativo, a romã ajuda a proteger as células saudáveis contra mutações genéticas que podem levar ao desenvolvimento do câncer.
- Prevenindo danos celulares e inflamações crônicas, o consumo regular de romã pode reduzir marcadores inflamatórios no organismo, contribuindo para a prevenção de doenças crônicas.
2. Efeito Imunológico e Anti-inflamatório:
- Estimula o sistema imunológico, ativando células como linfócitos T e macrófagos, que ajudam a combater doenças, infecções, inflamações e o câncer.
- Estudos indicam que os compostos da romã podem inibir processos inflamatórios no organismo, contribuindo para a prevenção de doenças crônicas. A romã ajuda a reduzir os níveis de marcadores inflamatórios, como TNF-α e IL-6 e suprimir vias pró-inflamatórias, como a NF-κB (fator nuclear kappa B), que são frequentemente ativadas em inflamações e tumores.
- Rica em vitamina C e outros antioxidantes, a romã fortalece o sistema imunológico, aumentando a resistência do organismo.
- Seu consumo regular pode ser particularmente benéfico durante períodos de maior susceptibilidade a gripes e resfriados.
3. Saúde Cardiovascular:
- O consumo de suco de romã tem sido associado à redução da pressão arterial e melhora do perfil lipídico, auxiliando na prevenção de doenças cardíacas.
- A romã auxilia na redução do colesterol LDL (o “mau” colesterol) e melhora a circulação sanguínea.
- Pesquisas sugerem que seu consumo pode ajudar a prevenir doenças cardíacas, como infarto e arritmias, devido à sua capacidade de promover o relaxamento dos vasos sanguíneos e reduzir a pressão arterial.
4. Prevenção do Câncer:
- A romã têm a capacidade de inibir a proliferação descontrolada de células cancerígenas, interrompendo seu ciclo celular e pode estimular a apoptose, mecanismo natural que leva à morte programada de células defeituosas ou danificadas.
- Pesquisas sugerem que os compostos bioativos da romã aumentam a produção de metabólitos benéficos no intestino, como o urolitina A, que podem bloquear as fases específicas do ciclo celular das células tumorais, impedindo que elas se dividam e cresçam.
- O ácido elágico e as punicalaginas, ativam vias de sinalização celular que induzem a apoptose em células cancerígenas sem prejudicar células saudáveis. Essas vias incluem a ativação de proteínas como a caspase-3 e a regulação negativa de genes relacionados à sobrevivência celular, como o Bcl-2.
- Os polifenóis da romã inibem os fatores de crescimento vascular, como o VEGF (fator de crescimento endotelial vascular), necessários para a angiogênese – o processo pelo qual tumores induzem a formação de novos vasos sanguíneos para fornecer nutrientes e oxigênio, permitindo seu crescimento e disseminação. Assim o suprimento de sangue para os tumores, fica comprometido, impedindo seu crescimento.
- A romã reduz a atividade de enzimas chamadas metaloproteinases da matriz (MMPs), que facilitam a invasão das células cancerígenas para outros tecidos.
- Os flavonoides e as punicalaginas regulam a expressão de moléculas de adesão celular, dificultando que as células tumorais se desprendam e migrem para outros órgãos.
- No câncer de próstata, estudos mostraram que o suco de romã inibe a atividade da enzima 5-α-redutase, que converte testosterona em diidrotestosterona (DHT), um hormônio que promove o crescimento tumoral.
- No câncer de mama, os compostos da romã modulam a expressão de receptores de estrogênio, bloqueando a estimulação do crescimento das células tumorais dependentes desse hormônio.
5. Melhoria da Memória
- Alguns estudos apontam que a ingestão de romã pode melhorar a memória visual e verbal em indivíduos de meia-idade e idosos. Os antioxidantes da romã podem proteger o cérebro contra danos oxidativos, potencialmente retardando o declínio cognitivo e reduzindo o risco de doenças como Alzheimer e Parkinson. Pesquisas em modelos animais sugerem efeitos neuroprotetores, embora mais estudos em humanos sejam necessários.
- Protege as células cerebrais contra danos oxidativos e inflamações, principais fatores de risco para doenças neurodegenerativas.
- Promove a renovação mitocondrial no cérebro, melhorando a função neuronal e retardando o declínio cognitivo.
- Benefícios neuroprotetores:
- Melhoria da memória e da cognição.
- Redução do risco de doenças neurodegenerativas.
- Proteção contra o envelhecimento cerebral.
6. Combate a infecções:
- Propriedades Antimicrobianas: A romã possui atividade antimicrobiana contra diversas bactérias e fungos, podendo auxiliar na prevenção de infecções. Estudos demonstram que a romã possui propriedades antimicrobianas, eficazes contra bactérias e fungos. Isso pode ser útil na prevenção de infecções orais, como gengivite, e na manutenção da saúde bucal.
7. Saúde Articular e Muscular
- Os extratos de romã podem ajudar a reduzir os sintomas da artrite, devido às suas propriedades anti-inflamatórias.
- Um estudo demonstrou alívio das dores em pessoas portadoras de artrite.
- A urolitina A também tem sido associada à melhoria da função muscular, especialmente em idosos, ajudando a combater a sarcopenia (perda de massa muscular relacionada ao envelhecimento), que é uma das principais causas de doenças como artrose e osteoporose.
- Estimula a renovação das mitocôndrias em células musculares, aumentando a eficiência energética.
- Reduz a inflamação crônica que contribui para a fraqueza muscular.
- Aumento da força e resistência muscular.
8. Controle glicêmico:
- O consumo de romã pode melhorar a sensibilidade à insulina e reduzir os níveis de glicose no sangue, auxiliando no controle do diabetes tipo 2.
9. Saúde Digestiva:
- A romã é rica em fibras, que promovem a saúde digestiva e auxiliam no funcionamento adequado do trato gastrointestinal. Essas fibras presentes na romã auxiliam no funcionamento do trato gastrointestinal, prevenindo constipação e promovendo uma digestão saudável. Além disso, seus compostos bioativos podem contribuir para a saúde da microbiota intestinal.
10. Propriedades Antienvelhecimento:
- Os antioxidantes presentes na romã ajudam a proteger a pele contra danos causados por radicais livres, retardando o envelhecimento cutâneo. A romã contribui para a saúde da pele, promovendo a regeneração celular e protegendo contra os danos causados pelos raios UV. Seus antioxidantes ajudam a manter a pele jovem e saudável, prevenindo o envelhecimento precoce.A romã também tem demonstrado eficácia na proteção contra os danos causados pela radiação UV, que está associada ao câncer de pele.
- Os polifenóis atuam como filtros solares naturais, protegendo a pele contra danos no DNA e inflamações induzidas pela exposição ao sol.
Urolitina A: O Metabólito da Romã que Revoluciona a Saúde
A urolitina A é um metabólito bioativo produzido no corpo humano a partir de compostos chamados elagitanninos e ácido elágico, que são encontrados em alimentos como a romã, nozes e framboesas. Quando metabolizados por bactérias da microbiota intestinal, esses compostos dão origem à urolitina A, que tem demonstrado efeitos surpreendentes na saúde celular, combate ao envelhecimento e prevenção de doenças crônicas. Sua formação ocorre após a interação desses compostos com as bactérias da microbiota intestinal. Estudos recentes demonstraram que a urolitina A possui propriedades notáveis que contribuem para a saúde humana, incluindo efeitos anticancerígenos, anti-inflamatórios, neuroprotetores e, principalmente, na regeneração mitocondrial.
A capacidade de produzir urolitina A varia entre os indivíduos devido às diferenças na microbiota intestinal. Suplementos estão disponíveis para aqueles que desejam garantir os benefícios dessa substância. Esse efeito de renovação mitocondrial faz da urolitina A um candidato promissor para intervenções anti-envelhecimento.
Renovação Mitocondrial (Mitofagia)
O mecanismo mais conhecido e estudado da urolitina A está relacionado à mitofagia, que é um processo de renovação seletiva das mitocôndrias. Por meio da mitofagia, a célula elimina mitocôndrias disfuncionais, permitindo a formação de outras novas e mais saudáveis. As mitocôndrias são as “usinas de energia” das células, e com o tempo, podem se tornar disfuncionais, acumulando danos que prejudicam sua capacidade de produzir energia e comprometem sua eficiência.
- Como a urolitina A age?
- A urolitina A estimula a remoção das mitocôndrias disfuncionais através da ativação de proteínas específicas envolvidas na mitofagia, como a PINK1 e a parkin.
- Essas proteínas marcam as mitocôndrias danificadas para degradação e reciclagem, permitindo que novas mitocôndrias sejam formadas e garantindo o funcionamento saudável das células.
- Benefícios da mitofagia induzida pela urolitina A:
- Melhoria na produção de energia celular.
- Redução de danos oxidativos nas células.
- Prevenção de doenças relacionadas ao envelhecimento, como Alzheimer, Parkinson e doenças cardiovasculares.
Propriedades Anti-inflamatórias
A urolitina A atua como um potente agente anti-inflamatório, ajudando a reduzir inflamações crônicas que estão associadas ao desenvolvimento de várias doenças, incluindo câncer, diabetes tipo 2 e doenças neurodegenerativas.
- Como a urolitina A age?
- Inibe a ativação de vias pró-inflamatórias como a NF-κB (fator nuclear kappa B), que regula a produção de citocinas inflamatórias, como TNF-α, IL-6 e IL-1β.
- Também reduz a expressão de enzimas inflamatórias, como a COX-2 (ciclooxigenase-2).
- Benefícios da ação anti-inflamatória:
- Redução da inflamação sistêmica.
- Proteção contra doenças crônicas e degenerativas.
- Promoção de um ambiente celular saudável.
Propriedades Antioxidantes
A urolitina A combate o estresse oxidativo, uma condição causada pelo excesso de radicais livres no corpo, que pode danificar células, DNA, proteínas e lipídios.
- Como a urolitina A age?
- Neutraliza os radicais livres diretamente, agindo como um antioxidante.
- Aumenta a expressão de enzimas antioxidantes endógenas, como a superóxido dismutase (SOD) e a catalase, que ajudam a proteger as células contra danos oxidativos.
- Benefícios antioxidantes:
- Prevenção do envelhecimento precoce das células.
- Redução do risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares e câncer.
- Proteção de tecidos vulneráveis, como o cérebro e o coração.
Regulação da Microbiota Intestinal
A produção de urolitina A depende da interação entre os elagitanninos presentes na dieta e a microbiota intestinal. Algumas pessoas têm microbiotas mais eficientes para converter elagitanninos em urolitina A, enquanto outras não produzem a substância em quantidades significativas.
- Como a microbiota age?
- Certas bactérias intestinais, como espécies do gênero Gordonibacter, convertem elagitanninos e ácido elágico em urolitinas, incluindo a urolitina A.
- Uma microbiota saudável e diversificada é crucial para maximizar os benefícios da urolitina A.
- Benefícios relacionados à microbiota:
- Melhoria do equilíbrio bacteriano no intestino.
- Redução da inflamação intestinal.
- Promoção da saúde digestiva e absorção de nutrientes.
No entanto, é importante ressaltar que a capacidade de produzir urolitina A varia entre os indivíduos devido às diferenças na microbiota intestinal. Suplementos estão disponíveis para aqueles que desejam garantir os benefícios dessa substância.
Como Consumir a Romã
A romã é uma fruta versátil que pode ser consumida de diversas formas:
- In Natura: As sementes podem ser consumidas puras ou adicionadas a saladas, iogurtes e sobremesas.
- Suco: O suco de romã é refrescante e mantém grande parte dos nutrientes da fruta.
- Chá: As cascas da romã podem ser utilizadas para preparar chás com propriedades medicinais.
- Molhos e Geleias: A romã pode ser incorporada em receitas de molhos para carnes e geleias, adicionando um toque agridoce aos pratos.
Xarope Monin (importado da França)
Ao incluir a romã em sua alimentação, você não apenas desfruta de um sabor delicioso e exótico, mas também se beneficia de suas inúmeras propriedades medicinais. Embora seja uma fruta comumente associada às festas de fim de ano, seu consumo regular pode trazer impactos positivos à saúde ao longo do ano todo.
Conclusão
A romã (Punica granatum) atua em múltiplos alvos biológicos relacionados ao câncer, prevenindo danos ao DNA, inibindo a proliferação celular e bloqueando a formação de novos vasos sanguíneos que alimentam tumores. Seus compostos bioativos, como ácido elágico e punicalaginas, promovem a apoptose de células cancerígenas sem afetar células saudáveis. Embora promissora, a romã deve ser vista como complemento a tratamentos médicos e consumida com orientação profissional.
A urolitina A, um metabólito derivado dos elagitanninos da romã, é notável por estimular a renovação mitocondrial, combater o envelhecimento e oferecer efeitos anti-inflamatórios, neuroprotetores e anticancerígenos. Como sua produção depende da microbiota intestinal, suplementos têm sido desenvolvidos para ampliar seus benefícios, especialmente em indivíduos que não a produzem naturalmente. Estudos indicam que incorporar alimentos ricos em elagitanninos ou considerar suplementação pode ser uma estratégia eficaz na prevenção de doenças e no envelhecimento saudável, embora mais pesquisas sejam necessárias.
É importante lembrar que, embora a romã ofereça muitos benefícios, ela não é um substituto para tratamentos médicos. Caso você esteja lidando com problemas de saúde específicos, é fundamental buscar orientação de um profissional de saúde.
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