7 Estudos Revelam: Operação do LCA Rompido Nem Sempre É a Melhor Opção
Cirurgia de LCA ou Terapias Regenerativas? O Que a Ciência Diz
Células-tronco e PRP: o futuro do tratamento de LCA chegou.
Introdução
A lesão do ligamento cruzado anterior (LCA) é uma das condições mais temidas, especialmente entre atletas e indivíduos fisicamente ativos. Essa estrutura é crucial para a estabilidade do joelho, e sua ruptura geralmente implica dor, instabilidade e, em alguns casos, incapacidade funcional. Tradicionalmente, a reconstrução cirúrgica era considerada a principal solução, mas avanços em tratamentos regenerativos estão desafiando essa visão.
Este artigo, baseado em 7 estudos científicos recentes, explora as alternativas à cirurgia, como o uso de células-tronco e plasma rico em plaquetas (PRP), e analisa quando a intervenção cirúrgica é realmente necessária.
1. O Que É a Lesão de LCA?
O LCA é um dos principais estabilizadores do joelho, limitando o movimento excessivo da tíbia em relação ao fêmur. Sua ruptura é comum em esportes que envolvem mudanças bruscas de direção ou saltos. Quando não tratada adequadamente, a lesão pode levar à osteoartrite precoce, instabilidade crônica e maior risco de outras lesões .
2. Cirurgia: Sempre Necessária?
A cirurgia tem sido a solução preferida pela maioria dos médicos para lesões completas ou em casos com instabilidade significativa durante as últimas décadas. No entanto, estudos questionam se ela é sempre necessária:
• Um estudo de Frobell et al. (2009) revelou que pacientes tratados apenas com fisioterapia intensiva apresentaram resultados funcionais semelhantes aos da cirurgia em muitos casos .
• Gobbi et al. (2019) mostraram que o uso de scaffolds biológicos combinados com PRP pode evitar a necessidade de cirurgia em adolescentes com lesões menos severas .
3. Avanços em Tratamentos Não Cirúrgicos
Células-Tronco e PRP
O uso de concentrado de medula óssea (BMC) e PRP tem mostrado resultados promissores. Esses tratamentos minimamente invasivos estimulam a regeneração do ligamento e reduzem o risco de complicações pós-cirúrgicas:
• Centeno et al. (2018) relataram melhorias significativas em estabilidade e funcionalidade em pacientes tratados com injeções percutâneas de BMC .
• Lana et al. (2022) descreveram um caso de recuperação total usando BMC em um paciente com LCA lesionado, mostrando sinais claros de regeneração tecidual em ressonância magnética .
Bioengenharia e Nanossegurança
Wasilczyk (2024) apresentou um estudo sobre o uso de PRP modificado combinado com técnicas de nanotecnologia, resultando em 90% dos pacientes com sinais normais de LCA em exames de imagem pós-tratamento.
O Futuro do Tratamento de LCA
Com os avanços na medicina regenerativa, tratamentos como o uso de células-tronco, PRP e nanotecnologia estão redefinindo o padrão de cuidados para lesões ligamentares. Esses métodos não invasivos oferecem uma abordagem mais natural e personalizada, com menos complicações e recuperação mais rápida .
Conclusão
Embora a cirurgia de LCA ainda seja indicada por muitos médicos ortopedistas, estudos recentes mostram que alternativas não cirúrgicas são viáveis e eficazes. A escolha deve ser baseada em uma avaliação criteriosa, com suporte de evidências científicas e orientação médica.
Se você ou alguém próximo sofreu uma lesão de LCA, consulte um especialista para explorar todas as opções disponíveis antes de decidir pela cirurgia.
Referências
1. Lana JFSD et al. Full Recovery from O’Donoghue’s Triad with Autologous Bone Marrow Aspirate Matrix: A Case Report. J. Funct. Morphol. Kinesiol. 2022. Link
2. Gobbi A et al. Primary ACL Repair With Hyaluronic Scaffold and Autogenous Bone Marrow Aspirate. Arthroscopy Techniques. 2019. Link
3. Frobell RB et al. The acutely ACL injured knee assessed by MRI. Osteoarthritis and Cartilage. 2009. Link
4. Centeno CJ et al. Symptomatic ACL tears treated with autologous BMC and platelet products. J Transl Med. 2018. Link
5. Wasilczyk C. Nanosurgical Treatment of ACL Tears. J Clin Med. 2024. Link
6. Centeno CJ et al. ACL tears treated with percutaneous injection of bone marrow nucleated cells. J Pain Res. 2015. Link
7. Kolber MJ et al. Effects of PRP and BMC on Knee OA. Bio Ortho J. 2021. Link