A doença, considerada multifatorial, prejudica os movimentos e gera limitações físicas e psicológicas. A boa notícia é que com o tratamento correto é possível recuperar a qualidade de vida.
A artrose, também chamada de osteoartrite ou simplesmente OA é uma doença muito prevalecente na população. Acomete principalmente pessoas na terceira idade. Entre os indivíduos que sofrem com o problema 61% são mulheres e 39% homens.
É considerada uma doença multifatorial, o início pode ocorrer a partir de uma fissura na cartilagem, seguida pela diminuição do espaço articular, atrito entre os ossos, aumento de volume, dor e até bloqueios de movimentos devido à presença de protuberâncias ósseas (conhecidos como bicos de papagaio).
O diagnóstico é fácil e rápido, e pode ser realizado pelo médico ortopedista por meio da avaliação durante a consulta e realização do exame clínico. Em algumas situações pode ser necessário complementar com exames de imagem. A artrose causa uma redução na capacidade de movimentação, e atinge principalmente os joelhos, coluna e quadris.
A doença se manifesta mais precocemente nos homens, particularmente no joelho antes dos 60 anos, e depois no quadril após os 60 anos. Já nas mulheres o pico acontece após o período da menopausa. A prevalência da OA aumenta de acordo com a idade. O tratamento clínico e a prática de exercícios adequados, podem trazer melhora na qualidade de vida e recuperação progressiva da função.
Causas
Não há causas definidas para a artrose. “Componentes genéticos, obesidade e até traumas prévios da articulação estão envolvidos no desenvolvimento e progressão da artrose. Tudo o que sobrecarrega a articulação pode levar a degeneração da cartilagem”. Por exemplo, a obesidade faz com que o corpo tenha que suportar um peso bem maior do que ele é capaz. Isso faz com que haja maior atrito no local das cartilagens, que se desgastam. Com isso, os ossos começam a colidir diretamente e, consequentemente, ficam mais gastos.
Sintomas
A artrose pode apresentar como sintomas dores nas articulações afetadas, inchaço, limitação de movimento com sensação de queimação em alguns pontos, e dores no início do movimento. “Por exemplo, alguém está sentado por um tempo e sente dor quando se levanta e que melhora após os primeiros passos”.
Quando a artrose é no joelho, é comum haver alguns estalidos ao mexê-los; já quando é nas mãos, pode ter maior o volume das articulações dos dedos.
Diagnóstico
O diagnóstico é clínico: o médico analisa os sintomas, a idade e se a articulação está inflamada. Quando há dúvida, o especialista pode pedir alguns exames, como radiografia ou ressonância magnética, para comprovar o diagnóstico.
Artrite X Artrose
Muitos confundem artrose com artrite, mas, apesar das duas afetarem as articulações, elas se diferem em muitos sentidos. “Artrite é sinônimo de inflamação da articulação, já a artrose, ou osteoartrite, é o desgaste da articulação”. A artrite pode ser causada por diversas doenças autoimunes, como lúpus e artrite reumatoide, gota, assim como também pode ser consequência da artrose, ou seja, alguém que tem desgaste nas articulações também pode desenvolver uma inflamação.
Outra diferenciação é que a artrite atinge principalmente dedos, punhos e pés e tornozelos, já a artrose é mais ligada ao envelhecimento e acomete articulações que suportam mais peso, como quadril, joelhos e a coluna.
Prevenção
Quem tem predisposição a ter a doença precisa evitar o sobrepeso. Isto porque, “além de sobrecarregar a articulação, o tecido gorduroso faz com que o organismo produza mais inflamação”. É importante fazer exercícios e adotar uma alimentação saudável: quanto mais músculos a pessoa tiver, menor será a sobrecarga óssea e articular.
Tratamento
O tratamento da artrose envolve a necessidade da adaptação de hábitos de vida. Alguns ajustes simples como a mudança dos hábitos alimentares, a incorporação de atividades físicas na rotina e principalmente manter um sono regular, são medidas que estão ao alcance de todos.
Algumas vezes pode ser necessária a realização de métodos que envolvam o uso de equipamentos capazes de aliviar a dor, e estimular a regeneração dos tecidos desgastados.
Em situações em que a doença apresenta-se sob formas mais avançadas, o tratamento pode incluir também a utilização de infiltrações na articulação, com a finalidade de promover a melhora mais rápida da dor
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