Parece muito anormal que uma fratura não seja causada por um trauma, porém a fratura por estresse é um acontecimento comum e que pode atingir a todos sem prejuízo de idade, gênero ou nível de realização de atividades físicas.
Você sabia que nem toda fratura acontece por um grande impacto, torção ou acidente traumático?
A lesão ocorre devido a um desbalanço em uma determinada região óssea causado por movimentos repetitivos e sobrecarga, o que favorece a ruptura e leva a quadros de muita dor. A fragilização dos ossos ocorre muitas vezes por conta de atividades esportivas, afetando atletas amadores e de alto rendimento.
Nos próximos parágrafos, vamos entender mais sobre as fraturas por estresse e como elas afetam as pessoas.
O que é a fratura por estresse?
A fratura por estresse é uma lesão conhecida desde os anos de 1800, tendo sido observada primeiramente em soldados. A lesão é caracterizada pelo enfraquecimento ósseo que leva a uma ruptura motivado por sobrecargas e movimentos repetitivos. Essa pressão desmedida sobre a estrutura óssea causa desbalanceamentos que chegam até a fissura e colapso local.
É importante ressaltar que, além da sobrecarga, a ausência de descanso e recuperação são fatores para a fratura por estresse ocorrer. Com o repouso correto, o corpo consegue fazer a recuperação e evitar sofrer com o enfraquecimento.
Por via de regra, praticamente qualquer osso pode sofrer com a fratura por estresse, porém os ossos que estão nas pernas, articulações inferiores e pés são os mais propícios a sofrerem com elas. Isso acontece devido ao uso excessivo dos membros inferiores na prática desportiva, como no caso de jogadores de futebol e basquete.
Fatores de risco para a fratura por estresse
Apesar de ser comum em boa parte da população, as fraturas por estresse podem atingir mais determinados grupos de pessoas, sem distinção por gênero ou idade. Entre eles, os atletas são os principais acometidos pela lesão óssea e devem ser avaliados constantemente para não sofrerem com a condição, que pode os afastar por semanas dos treinos e partidas.
Os principais fatores de risco para a fratura por estresse são:
- Prática de esportes de alto impacto;
- Uso de calçados sem amortecimento;
- Técnica incorreta na prática esportiva;
- Ausência de repouso;
- Alimentação inadequada para a recuperação;
- Alterações anatômicas como desvios nos joelhos e pés chatos;
- Osteoporose.
Além disso, o sedentarismo prévio, o tabagismo e a baixa frequência de atividades físicas podem ser fatores que aumentam a chance de fraturas por estresse. O melhor para evitá-las é a adoção de hábitos saudáveis e o início gradual da prática esportiva, objetivando resultados constantes e, não necessariamente, rápidos a qualquer custo.
Quais são os sintomas das fraturas por estresse?
Para identificar uma fratura por estresse, é preciso uma realização de exame físico e, provavelmente, exames de imagem que demonstrem o osso fissurado ou partido. Porém, também é possível identificar a lesão por meio de sintomas mais recorrentes como:
- Dor ao realizar atividade física;
- Dor durante o repouso;
- Dor sensível ao toque;
- Edema no local.
Exames laboratoriais também são úteis para saber se existem outros fatores que contribuíram para o aparecimento da lesão.
Quais os tratamentos para a Fratura por Estresse?
Antes de se pensar em um tratamento para uma fratura por estresse, é preciso saber o que levou o indivíduo à fissura, pois é preciso corrigir ou readequar tudo para evitar um novo enfraquecimento das estruturas ósseas. Dessa forma, o tratamento começa na identificação do problema, mas necessita de uma abordagem completa e multidisciplinar para funcionar.
Os principais tratamentos das fraturas por estresse são conservadores, sendo o repouso, a crioterapia e a reabilitação do movimento com a fisioterapia, algumas das medidas a serem tomadas. Em alguns casos mais graves, é possível a realização de cirurgias, entretanto a recomendação varia de caso para caso.
A recuperação da fratura costuma ocorrer em até 3 meses, podendo ser mais rápida se o repouso e a mudança nos hábitos de vida forem respeitados completamente.
Uma alternativa para o tratamento é a terapia com ondas de choque mecânicas. Esse método, presente no Instituto Regenius, permite a aceleração na recuperação e auxilia pacientes que não tiveram a cicatrização natural da fratura por estresse mesmo após longo tempo. Esta terapia permite a liberação de fatores que auxiliam na recuperação e aumentam a circulação sanguínea e de nutrientes.
Encontre especialistas em fraturas por estresse
A fratura por estresse pode afetar qualquer pessoa e, por isso mesmo, necessita de um tratamento completo feito por especialistas que entendam as características particulares de cada paciente. No Instituto Regenius, pioneiro da ortopedia biológica no Brasil, toda lesão e condição que afeta o corpo encontra um tratamento multidisciplinar e focado na melhora da qualidade de vida.
A clínica está há mais de 16 anos no mercado, atendendo mais de 24 mil pacientes, com a missão de mudar a forma como é enxergado o tratamento ortopédico no país.
Saiba mais sobre as abordagens do Instituto Regenius e encontre o tratamento ideal para você. Agende agora mesmo a sua consulta.
Astur DC, Zanatta F, Arliani GG, Moraes ER, Pochini AC, Ejnisman B. Fraturas por estresse: definição diagnóstico e tratamento. Rev Bras Ortop. 2016;51(1):3-10.