Suplementação e artrose: Como manter uma rotina saudável com dor?
A Osteoartrite, também conhecida como artrose, é uma doença que se caracteriza pelo desgaste das articulações, especificamente o desgaste nas cartilagens. Suas causas podem ser: obesidade, esforço repetitivo, disfunções metabólicas, falta de musculatura e atividades em geral que sobrecarregam as articulações.
Essa doença é mais comum em mulheres, porém com o passar dos anos ela se torna prevalente em ambos os sexos. Acima dos 75 anos de idade aproximadamente 85% das pessoas apresentam evidências radiológicas desta patologia.
Atualmente, o tratamento da artrose consiste no controle dos sintomas com analgésicos e AINES. No entanto, essas drogas não impedem a progressão da doença, além disso, causam eventos adversos graves quando usadas de forma crônica.
É sabido que a prática de atividades físicas são de muito valor no tratamento dessa condição. Porém, deixo aqui a reflexão: como estimular um paciente a praticar atividades físicas com dor?
É um desafio constante que vejo em minha prática clínica, quanto a adesão dos pacientes que estão em fase aguda da doença, justamente pelas limitações e pela presença de desconfortos extremos. Nesse sentido, venho demonstrar alguns achados sobre a eficácia da suplementação e a melhora dos sintomas da osteoartrite.
Pesquisando na base de dados Pubmed, pude perceber uma robusta gama de estudos relacionando o uso de suplementação no tratamento para artrose. Dentre esses estudos vou comentar três principais que me chamaram atenção:
Essa meta- análise avaliou a eficácia da suplementação de colágeno no tratamento para artrose a partir de uma revisão dos principais estudos sobre o tema.
O colágeno vem sendo amplamente utilizado para o tratamento dessa condição, porém alguns estudos ainda demonstram resultados controversos. O interessante desse estudo é que ele busca a sinergia de artigos que utilizaram o índice WOMAC, como ferramenta para avaliação na melhora da progressão da artrose.
O índice WOMAC é um questionário que engloba questões envolvendo dor, rigidez articular e funcionalidade, onde o maior escore representa a pior condição do indivíduo. A conclusão desse estudo foi que, em todos os casos houve diminuição do escore associado a osteoartrite, demonstrando melhora da doença com a suplementação de colágeno.
Já esse outro estudo associa a dieta e condições ligadas a essa, como norte para o tratamento da Osteoartrite, já que os tratamentos “tradicionais” mostram-se limitados.
Tendo essa limitação em vista, é possível estabelecer alternativas que beneficiem os pacientes com essa condição, muito além de trazer benefícios na fase aguda da doença, mas também estabelecer ao paciente autonomia no seu tratamento, o que favorece a adesão ao mesmo.
O que achei muito interessante nesse estudo foi o levantamento de fatores associados à artrose. Dentre os fatores associados, os que tiveram número mais significativo foram: o sobrepeso e a obesidade, dislipidemia, síndrome metabólica, diabetes tipo 2 e o colesterol sérico elevado.
Sabendo disso, é possível orientar o paciente de forma prática de como a melhora na sua avaliação física e laboratorial representa um progresso significativo em seu tratamento. Esse estudo ainda aponta a necessidade de orientar uma dieta balanceada e rica em micronutrientes, ressaltando a vitamina K, que tem papel crucial na mineralização dos ossos e da cartilagem.
Dito isso venho ao terceiro estudo que me chamou atenção sobre os fatores associados e a suplementação para melhora da artrose. Esse estudo avaliou cento e sessenta e cinco pacientes com osteoartrite primária e baixo nível sérico de vitamina D, durante seis meses.
Foi administrada a dose de 40.000 UI semanais no período de seis meses. Ao final desse ciclo foi observado melhora em diversos parâmetros como: melhora dos níveis séricos de vitamina D, melhora na qualidade de vida dos pacientes e melhora na força e nas medidas de desempenho.
Visto isso, é possível concluir com a seguinte reflexão: Se temos ferramentas, demonstradas com eficácia científica e clínica, para melhora na progressão da osteoartrite, porque não utilizá-las de forma complementar ao tratamento tradicional? E ainda mais: por que não utilizá-la como base do tratamento para melhora nos sintomas agudos de pacientes com artrose? Para pacientes com dor, que têm dificuldade na adesão aos exercícios físicos, utilizar essas ferramentas pode ser primordial no tratamento.
É por isso que digo e repito: A melhora nos hábitos de vida é a base para o tratamento de qualquer doença, além de que menosprezar a suplementação e ferramentas naturais para a melhora no prognóstico e progressão das doenças é um ato de extrema ignorância, que pode afetar diretamente a qualidade de vida daqueles de quem cuidamos.
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Referências:
What is the evidence for a role for diet and nutrition in osteoarthritis?
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5905611/
Vitamin D Supplementation Improves Quality of Life and Physical Performance in Osteoarthritis Patients
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5579593/pdf/nutrients-09-00799.pdf
Effect of collagen supplementation on osteoarthritis symptoms: a meta-analysis of randomized placebo-controlled trials
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30368550/
Sociedade Brasileira de Reumatologia: Osteoartrite (Artrose)
https://www.reumatologia.org.br/doencas-reumaticas/osteoartrite-artrose/#:~:text=Ela%20aumenta%20com%20o%20passar,queixam%2Dse%20de%20dor%20cr%C3%B4nica.