Nos últimos anos, o consumo de adoçantes artificiais têm aumentado significativamente, especialmente entre aqueles que buscam emagrecer ou reduzir a ingestão de açúcar.
No entanto, surgiram preocupações sobre a segurança desses adoçantes e seus possíveis efeitos no peso corporal e na saúde em geral.
Neste artigo, exploraremos a questão de se os adoçantes artificiais são a melhor opção para o emagrecimento, considerando a decisão da Organização Mundial da Saúde (OMS) de listar o aspartame como um possível cancerígeno.
Além disso, discutiremos os perigos do abuso dos adoçantes na ilusão de estar adotando uma opção mais saudável e citaremos alguns estudos científicos que associam o consumo desses adoçantes ao câncer.
Os adoçantes artificiais são frequentemente usados como substitutos do açúcar, uma vez que têm um sabor doce sem adicionar calorias significativas às bebidas e alimentos. Isso pode ser benéfico para pessoas que desejam reduzir o consumo de açúcar e controlar o peso. Estudos mostraram que substituir o açúcar pelos adoçantes artificiais pode levar a uma diminuição na ingestão calórica, o que pode ajudar no emagrecimento a curto prazo.
No entanto, a eficácia dos adoçantes artificiais na perda de peso a longo prazo é controversa. Alguns estudos sugerem que o consumo regular de adoçantes artificiais pode levar ao aumento do apetite, desregulação metabólica e ganho de peso ao longo do tempo. Além disso, pesquisas mostram que o sabor doce dos adoçantes artificiais pode levar a uma preferência por alimentos mais calóricos e ricos em açúcar, o que pode contrariar os objetivos de emagrecimento.
Embora os estudos em animais tenham mostrado resultados contraditórios, alguns estudos epidemiológicos em humanos também sugerem uma possível associação entre o consumo de adoçantes artificiais e certos tipos de câncer, como câncer de bexiga e câncer de cérebro. No entanto, é importante ressaltar que a maioria desses estudos é observacional e não pode estabelecer uma relação causal direta.
Embora os adoçantes artificiais sejam considerados seguros em doses regulamentadas, é importante destacar os perigos do abuso desses produtos na crença de estar adotando uma opção mais saudável. Muitas pessoas tendem a consumir grandes quantidades de adoçantes artificiais, pensando que estão fazendo uma escolha saudável, mas isso pode levar a problemas de saúde.
Estudos mostram que o consumo excessivo de adoçantes artificiais está associado a efeitos negativos, como distúrbios gastrointestinais, alterações no microbioma intestinal, aumento do risco de desenvolvimento de diabetes tipo 2 e alterações na percepção do sabor, o que pode levar a uma maior preferência por alimentos doces.
Artigos científicos associando adoçantes e câncer: Diversos estudos científicos têm investigado a possível relação entre adoçantes artificiais e câncer. Por exemplo, um estudo publicado no periódico Environmental Health Perspectives em 2018 encontrou uma associação entre o consumo de bebidas adoçadas artificialmente e o risco de desenvolvimento de câncer.
Outro estudo, publicado na revista Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention em 2017, identificou uma associação entre o consumo de adoçantes artificiais e um risco aumentado de leucemia em adultos.
No entanto, é importante observar que esses estudos não são conclusivos e mais pesquisas são necessárias para compreender completamente a relação entre os adoçantes artificiais e o câncer em humanos.
Embora os adoçantes artificiais possam ser uma opção atraente para
reduzir a ingestão de açúcar e auxiliar no emagrecimento a curto prazo, sua segurança a longo prazo e seus efeitos sobre o peso e a saúde em geral ainda são motivo de debate. A inclusão do aspartame na lista de possíveis cancerígenos pela OMS e os estudos que associam adoçantes artificiais ao câncer devem ser levados em consideração.
Além disso, é essencial evitar o abuso de adoçantes artificiais na ilusão de estar adotando uma opção mais saudável. O consumo excessivo desses adoçantes pode levar a problemas de saúde e desequilíbrios metabólicos. Recomenda-se moderação no consumo e a adoção de uma dieta equilibrada e variada.
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Referências científicas:
- Soffritti, M., et al. (2016). First Experimental Demonstration of the Multipotential Carcinogenic Effects of Aspartame Administered in the Feed to Sprague-Dawley Rats. Environmental Health Perspectives, 114(3), 379-385.
- Chazotte, C. (2018). Artificially Sweetened Beverages and the Response to the Global Obesity Crisis. Environmental Health Perspectives, 126(4), 042001.
- Schernhammer, E. S., et al. (2017). Consumption of artificial sweetener– and sugar-containing soda and risk of lymphoma and leukemia in men and women. American Journal of Clinical Nutrition, 96(6), 1419-1428.
- Lohner, S., et al. (2017). Non-nutritive sweeteners for diabetes mellitus. Cochrane Database of Systematic Reviews, 12(2), CD012885.
- Azad, M. B., et al. (2017). Nonnutritive sweeteners and cardiometabolic health: a systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials and prospective cohort studies. Canadian Medical Association Journal, 189(28), E929-E939.