A dopamina é um neurotransmissor essencial, ela está envolvida no controle motor, nas funções endócrinas, cognição, nos mecanismos de recompensa e emoção. O sistema da dopamina é complexo e vem sendo cada vez mais estudado, desde sua síntese, a partir de uma molécula chamada tirosina, até seus receptores e excreção.
A realidade é que vivemos em um mundo onde ter bons hábitos é totalmente contra intuitivo. O que somos estimulados a fazer é ficarmos onde estamos, estagnados, vendo streamers e comendo comidas ultra processadas.
Você já tentou mudar um hábito que mantinha há muito tempo? É doloroso e difícil. Com o passar dos dias nossa mente nos dá diversas desculpas para retornarmos aos antigos hábitos.
Você sabia que há uma explicação bioquímica para isso?
O desequilíbrio de dopamina pode ocasionar diversos prejuízos à saúde. Por estar relacionada com os sistemas de esforço, atividade, controle de orientação e recompensa, seu desequilíbrio pode ser o responsável pela doença de Parkinson, pelos vícios (inclusive em comida), pelo déficit de atenção, esquizofrenia, entre outras.
Além disso, sabe-se que indivíduos mais sensíveis à dopamina são mais propensos a desenvolver vícios. Estudos vêm demonstrando a forte associação entre a dopamina e a obesidade, inclusive.
Dentre todas essas funções por muito tempo acreditou-se que a Dopamina era responsável pela sensação de prazer, ou seja, você tinha uma sensação prazerosa e assim libera dopamina. Acredite, não é assim e vou te explicar o por que isso está ligado com você não conseguir manter os seus bons hábitos mesmo sabendo que é o melhor para você.
Em um estudo realizado pelo Prof. Wolfram Schultz, neurocientista da universidade de Cambridge, foi observado que a liberação de dopamina em macacos não acontecia no momento que ele recebe sua recompensa, mas sim no momento antes de receber a recompensa.
O estudo consistia em observar o comportamento de um macaco e seus níveis de dopamina. Foi então montado um experimento, onde o macaco era recompensado, após apertar um botão, com uma banana.
A ideia era que ao receber a recompensa, os níveis de dopamina aumentassem consideravelmente, porém não foi isso que aconteceu. Depois que o macaco entendeu como conseguiria a recompensa, seus níveis de dopamina subiram antes mesmo de apertar o botão.
Ou seja, a dopamina foi liberada antes do macaco fazer o “esforço” para receber sua recompensa. Levando-nos a concluir que a dopamina não é o neurotransmissor da recompensa, mas sim o que nos dá MOTIVAÇÃO para conseguir a recompensa.
Começou a fazer sentido?
Vamos levar isso para o sentido prático da nossa vida cotidiana: Se eu começo uma atividade física de maneira abstrata sem saber realmente porque estou fazendo aquilo o meu corpo, da próxima vez, não irá liberar dopamina pois não houve “recompensa”.
Então saber o por quê se manter hábitos saudáveis e perceber as pequenas recompensas diárias que temos nos possibilitará ter mais motivação para continuar.
E como fazer isso?
Ao final de um treino, pare para sentir a sensação do seu corpo, respire fundo, veja os benefícios físicos. Veja seu dia ficando melhor, você ficando mais disposto, melhorando a cada dia. Na alimentação a mesma coisa: perceba o quanto alimentos saudáveis não te deixam com a sensação de estufamento, sinta a comida, contemple-a.
Te garanto: quanto mais consciência você tem nos “por quês”, mais o caminho se tornará leve e constante!
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Referências:
DOPAMINA E RECEPTORES Maria Fernanda Estevinho*, J. Soares Fortunato**:
https://www.redalyc.org/pdf/287/28750103.pdf
Influência da dopamina e seus receptores na gênese da obesidade:
https://periodicos.unifesp.br/index.php/neurociencias/article/view/8074
Responses of Monkey Dopamine Neurons During Learning of Behavioral Reactions: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/1552316/