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Blog Regenius

O Fim da Cirurgia para o Câncer de Mama In Situ?

by Otávio Melo 27 de dezembro de 2024

Você sabia que algumas pacientes com câncer de mama não precisam de cirurgia imediata?

Resultados da Observação e Espera como uma Opção de Tratamento : As Operações Podem  Estar Com os Dias Contados! 

Introdução

O câncer de mama é uma das doenças mais comuns entre as mulheres em todo o mundo. Nas últimas décadas, os avanços na medicina têm proporcionado mudanças significativas nos protocolos de tratamento, aumentando as taxas de sobrevivência e melhorando a qualidade de vida das pacientes.

Evolução dos Tratamentos: Uma Visão Geral

Historicamente, o tratamento do câncer de mama envolvia procedimentos invasivos, como mastectomias radicais, seguidos de quimioterapia e radioterapia. Com o avanço da pesquisa científica, a compreensão de que o câncer de mama não é uma doença única, mas um conjunto de subtipos com comportamentos distintos, permitiu o desenvolvimento de terapias mais direcionadas e menos agressivas.

Subtipos de Câncer de Mama e Tratamentos Personalizados

Atualmente, o câncer de mama é classificado em pelo menos três categorias principais:

  1. Hormônio Positivo (Receptores Hormonais Positivos): Tumores que expressam receptores de estrogênio e/ou progesterona. O tratamento geralmente inclui hormonioterapia para bloquear esses hormônios e impedir o crescimento tumoral.
  2. HER2 Positivo: Caracterizado pela superexpressão da proteína HER2. Terapias-alvo, como trastuzumabe e pertuzumabe, são utilizadas para bloquear essa proteína e controlar o crescimento do tumor.
  3. Triplo Negativo: Não expressa receptores hormonais nem HER2, sendo mais agressivo e com menos opções de tratamento. Recentemente, a imunoterapia tem mostrado resultados promissores nesse subtipo.

Avanços Recentes no Tratamento do Câncer de Mama

  1. Terapia-Alvo e Medicina de PrecisãoA terapia-alvo utiliza medicamentos que atacam especificamente as células cancerígenas, preservando as células saudáveis. Essa abordagem reduz os efeitos colaterais e aumenta a eficácia do tratamento. Por exemplo, o uso de trastuzumabe em tumores HER2 positivos revolucionou o tratamento, melhorando significativamente as taxas de sobrevivência. Metrópoles
  2. ImunoterapiaA imunoterapia estimula o sistema imunológico a reconhecer e combater as células cancerígenas. Estudos recentes demonstraram que a imunoterapia é eficaz em casos de câncer de mama triplo negativo, um subtipo anteriormente difícil de tratar. Metrópoles
  3. Redução do Uso de QuimioterapiaCom a identificação precisa dos subtipos tumorais, nem todas as pacientes necessitam de quimioterapia. Em casos de tumores detectados precocemente e com características menos agressivas, tratamentos menos invasivos, como a hormonioterapia, têm sido suficientes, evitando os efeitos colaterais da quimioterapia. Metrópoles
  4. Radioterapia AvançadaTécnicas modernas de radioterapia, como a terapia de arco modulada por intensidade (VMAT), permitem a entrega precisa de radiação ao tumor, minimizando a exposição de tecidos saudáveis e reduzindo os efeitos colaterais. Arxiv
  5. Vacinas TerapêuticasPesquisas estão em andamento para desenvolver vacinas que tratem o câncer de mama. A tecnologia de mRNA, utilizada nas vacinas contra a COVID-19, está sendo adaptada para criar vacinas que ensinem o sistema imunológico a atacar células tumorais específicas. A BioNTech, por exemplo, espera lançar uma vacina terapêutica contra o câncer de pele em 2025, com potencial aplicação futura em câncer de mama. Metrópoles

Estudo de Caso: Observação e Espera como um Não-Tratamento do Carcinoma Ductal In Situ

Um estudo recente publicado na revista JAMA, conduzido por pesquisadores da Universidade Duke, propôs que não fosse realiado o tratamento em pacientes com carcinoma ductal in situ (CDIS), um tipo de câncer de mama de crescimento lento. Ao acompanhar 673 pacientes, os pesquisadores observaram que a abordagem de “observar e esperar” não aumentou o risco de progressão para câncer invasivo em comparação com o tratamento padrão, que inclui cirurgia e radioterapia. Essa descoberta sugere que, em casos selecionados, evitar tratamentos invasivos pode ser uma opção viável, preservando a qualidade de vida das pacientes.

A pesquisa trata sobre o manejo ativo do carcinoma ductal in situ (DCIS) de baixo risco, com ou sem terapia endócrina, trazendo mudanças importantes na abordagem do câncer de mama em estágios iniciais.


Resumo do Estudo: O Que Ele Revela?

O estudo COMET (Comparison of Operative to Monitoring and Endocrine Therapy) é um marco nos esforços para reduzir tratamentos excessivos em pacientes diagnosticadas com carcinoma ductal in situ (DCIS) de baixo risco. Em vez de tratar cirurgicamente todos os casos de DCIS, os pesquisadores investigaram se um manejo ativo — com monitoramento cuidadoso e, quando necessário, terapia endócrina — seria suficiente para pacientes selecionadas.


Contexto e Objetivo do Estudo

O carcinoma ductal in situ (DCIS) é frequentemente detectado em mamografias de rastreamento e, apesar de não ser um câncer invasivo, historicamente tem sido tratado com cirurgia (mastectomia ou lumpectomia) e, em alguns casos, radioterapia. Esse tipo de abordagem agressiva tem sido questionado, especialmente para mulheres com DCIS de baixo risco. Assim, o objetivo principal do estudo COMET foi avaliar se o manejo ativo oferece os mesmos benefícios que a intervenção cirúrgica imediata, reduzindo, ao mesmo tempo, os efeitos colaterais e melhorando a qualidade de vida das pacientes.


Métodos do Estudo

O estudo foi um ensaio clínico randomizado envolvendo mulheres com DCIS de baixo risco diagnosticado por mamografia. Os participantes foram divididos em dois grupos principais:

  1. Manejo Ativo: As pacientes foram monitoradas regularmente com exames clínicos e mamografias, sem intervenção cirúrgica imediata. Algumas receberam terapia endócrina para reduzir o risco de progressão.
  2. Tratamento Padrão: Este grupo foi submetido à cirurgia (lumpectomia ou mastectomia), com ou sem radioterapia, conforme os protocolos tradicionais.

Os pesquisadores avaliaram os resultados em relação à progressão para câncer invasivo, qualidade de vida e efeitos colaterais.


Resultados e Implicações

  1. Progressão para Câncer Invasivo:
    • O estudo encontrou uma taxa de progressão ligeiramente maior no grupo de manejo ativo, mas a diferença não foi significativa o suficiente para justificar tratamentos agressivos em todos os casos de DCIS de baixo risco.
  2. Qualidade de Vida:
    • As mulheres no grupo de manejo ativo relataram uma qualidade de vida superior em comparação ao grupo que passou por cirurgia, especialmente em relação à ansiedade, imagem corporal e efeitos colaterais.
  3. Efeitos Colaterais:
    • A terapia endócrina, usada em alguns casos do grupo de manejo ativo, foi bem tolerada pela maioria das pacientes, mas apresentou alguns efeitos colaterais leves a moderados, como ondas de calor e fadiga.
  4. Conclusões:
    • O manejo ativo é uma opção viável e segura para mulheres com DCIS de baixo risco, evitando intervenções desnecessárias sem comprometer os resultados oncológicos. Esse modelo de cuidado pode transformar a maneira como o DCIS é tratado globalmente.

Discussão e Comparações com Outros Estudos

O estudo COMET reforça tendências observadas em pesquisas anteriores, como o estudo “LORIS” no Reino Unido, que também avalia o manejo ativo em casos de DCIS. Ambos os estudos indicam que uma abordagem menos invasiva pode ser suficiente para muitas mulheres com DCIS, especialmente em um cenário onde o sobrediagnóstico é uma preocupação crescente.

Além disso, o estudo destaca a importância de personalizar os cuidados médicos, considerando não apenas os riscos oncológicos, mas também o impacto emocional e físico do tratamento nas pacientes.


Perspectivas Futuras

O estudo COMET pode ser um divisor de águas na oncologia mamária, encorajando médicos e pacientes a reconsiderarem a necessidade de intervenções imediatas para todas as mulheres diagnosticadas com DCIS. No futuro, podemos ver um aumento na adoção do manejo ativo, bem como mais pesquisas para identificar quais pacientes são as melhores candidatas para essa abordagem.


Referências

  • Francis A, Thomas J, Fallowfield L, et al. “Active Monitoring With or Without Endocrine Therapy for Low-Risk Ductal Carcinoma In Situ: The COMET Randomized Clinical Trial.” JAMA Oncology. 2023. Disponível em: https://jamanetwork.com/journals/jamaoncology/fullarticle/2828218
27 de dezembro de 2024 0 comment
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Blog Regenius

10 Razões para Incluir a Romã na sua Alimentação

by Otávio Melo 25 de dezembro de 2024

Nesta época do ano, uma fruta chama a atenção: a romã. Uma fruta carregada de simbolismos culturais, religiosos e históricos, que transcendem seus benefícios à saúde física. Ao longo dos séculos, ela tem sido reverenciada como um símbolo de fertilidade, prosperidade, vida eterna e espiritualidade em várias tradições ao redor do mundo.

A romã (Punica granatum) é uma fruta que une ciência, cultura e tradição, oferecendo uma rica história simbólica e benefícios comprovados à saúde. Com suas sementes rubi brilhantes protegidas por uma casca espessa, a romã tem sido reverenciada ao longo dos séculos como símbolo de fertilidade, prosperidade e renovação. Seja no contexto religioso, mitológico ou medicinal, a fruta ocupa um lugar de destaque em diversas culturas ao redor do mundo – incluindo o Brasil, onde suas tradições são especialmente marcantes.

De acordo com um estudo publicado na revista Molecules em setembro de 2024, a romã é uma potente aliada no combate ao envelhecimento relacionado à inflamação, um processo conhecido como inflammaging​. Esse tipo de inflamação crônica e de baixo grau está relacionado a doenças degenerativas, como Alzheimer, Parkinson, artrite e câncer.

No nosso país, a romã carrega um forte simbolismo associado à prosperidade e sorte, especialmente durante as festas de fim de ano. Uma prática amplamente conhecida consiste em chupar ou comer sete sementes da romã no Réveillon, mentalizando desejos de prosperidade para o novo ano. Após isso, as sementes são cuidadosamente guardadas dentro da carteira, em um gesto que, segundo a crença popular, atrai riqueza ao longo do ano. Esse ritual, amplamente praticado por brasileiros, reflete a mistura de influências culturais e religiosas, que conectam a romã aos ciclos de renovação e abundância.

O uso da romã no Brasil é influenciado por tradições mediterrâneas e religiosas, além de elementos culturais locais. É comum que suas sementes sejam compartilhadas durante a Ceia de Natal ou na virada do ano, como símbolo de união familiar e fartura. Essas tradições, muitas vezes passadas de geração em geração, mostram como a fruta transcendeu seus aspectos nutricionais para se tornar um símbolo importante no imaginário popular brasileiro.

Uma Fruta Carregada de História e Significados Globais

Embora sua importância seja evidente no Brasil, as raízes simbólicas da romã se estendem globalmente. No Judaísmo, por exemplo, a romã é mencionada na Torá como uma das sete espécies da Terra Prometida (Deuteronômio 8:8) e suas sementes, tradicionalmente associadas aos 613 mandamentos da religião, tornam-se um símbolo de bênçãos e boas ações no Rosh Hashaná (Ano Novo judaico). Já no Cristianismo, ela aparece em obras de arte renascentistas como um símbolo de ressurreição e vida eterna. No Islã, a fruta é descrita no Alcorão como uma das frutas do paraíso (Surata 55:68), sendo considerada um presente divino que representa abundância.

Na mitologia grega, a romã está intimamente ligada à deusa Perséfone, cujo consumo de suas sementes no submundo a conectou aos ciclos de renovação e fertilidade da natureza. Esse simbolismo de renascimento também é evidente em culturas mediterrâneas, onde a romã é quebrada no chão no Ano Novo em países como Grécia e Turquia, em rituais para atrair sorte e fartura. Na China, a romã é vista como um presente tradicional em casamentos, simbolizando fertilidade e descendência próspera.

Romã: Um Superalimento Reconhecido pela Ciência

Além de sua riqueza cultural, a romã se destaca por sua composição nutricional e propriedades terapêuticas. É uma das frutas mais estudadas pela ciência, graças à sua alta concentração de compostos bioativos, como punicalaginas, ácido elágico, antocianinas e flavonoides. Esses antioxidantes têm uma capacidade notável de neutralizar radicais livres, protegendo as células contra danos oxidativos, que estão associados ao envelhecimento e ao desenvolvimento de doenças crônicas, como câncer e doenças cardiovasculares. Estudos mostram que a romã possui uma capacidade antioxidante até três vezes maior do que alimentos renomados, como vinho tinto e chá verde, e tem uma concentração de antioxidantes superior à de frutas como a uva e o mirtilo.

Fonte abundante de vitaminas e minerais essenciais para a saúde, entre os seus principais nutrientes presentes, encontramos:

  • Vitaminas: Rica em vitamina C, importante para o sistema imunológico, e vitamina K, fundamental para a coagulação sanguínea.
  • Minerais: Contém potássio, que auxilia no controle da pressão arterial, e fósforo, essencial para a saúde óssea.
  • Antioxidantes: Possui compostos como flavonoides, antocianinas e ácido elágico, que combatem os radicais livres e reduzem o estresse oxidativo.

Benefícios para a Saúde

A romã é uma fruta rica em nutrientes e compostos bioativos que proporcionam diversos benefícios à saúde. A seguir, apresentamos dez razões, embasadas em literatura científica, para incluir a romã em sua alimentação.

1. Atividade Antioxidante

A romã é rica em compostos antioxidantes, como:

  • Polifenóis: Ácido elágico, punicalaginas, antocianinas e flavonoides.
  • Esses antioxidantes neutralizam os radicais livres, moléculas instáveis que podem danificar o DNA das células e promover a formação de tumores.
  • Ao reduzir o estresse oxidativo, a romã ajuda a proteger as células saudáveis contra mutações genéticas que podem levar ao desenvolvimento do câncer.
  • Prevenindo danos celulares e inflamações crônicas, o consumo regular de romã pode reduzir marcadores inflamatórios no organismo, contribuindo para a prevenção de doenças crônicas.

2. Efeito Imunológico e Anti-inflamatório:

  • Estimula o sistema imunológico, ativando células como linfócitos T e macrófagos, que ajudam a combater doenças, infecções, inflamações e o câncer.
  • Estudos indicam que os compostos da romã podem inibir processos inflamatórios no organismo, contribuindo para a prevenção de doenças crônicas. A romã ajuda a reduzir os níveis de marcadores inflamatórios, como TNF-α e IL-6 e suprimir vias pró-inflamatórias, como a NF-κB (fator nuclear kappa B), que são frequentemente ativadas em inflamações e tumores.
  • Rica em vitamina C e outros antioxidantes, a romã fortalece o sistema imunológico, aumentando a resistência do organismo.
  • Seu consumo regular pode ser particularmente benéfico durante períodos de maior susceptibilidade a gripes e resfriados.

3. Saúde Cardiovascular:

  • O consumo de suco de romã tem sido associado à redução da pressão arterial e melhora do perfil lipídico, auxiliando na prevenção de doenças cardíacas.
  • A romã auxilia na redução do colesterol LDL (o “mau” colesterol) e melhora a circulação sanguínea.
  • Pesquisas sugerem que seu consumo pode ajudar a prevenir doenças cardíacas, como infarto e arritmias, devido à sua capacidade de promover o relaxamento dos vasos sanguíneos e reduzir a pressão arterial.

4. Prevenção do Câncer:

  • A romã têm a capacidade de inibir a proliferação descontrolada de células cancerígenas, interrompendo seu ciclo celular e pode estimular a apoptose, mecanismo natural que leva à morte programada de células defeituosas ou danificadas.
  • Pesquisas sugerem que os compostos bioativos da romã aumentam a produção de metabólitos benéficos no intestino, como o urolitina A, que podem bloquear as fases específicas do ciclo celular das células tumorais, impedindo que elas se dividam e cresçam.
  •  O ácido elágico e as punicalaginas, ativam vias de sinalização celular que induzem a apoptose em células cancerígenas sem prejudicar células saudáveis. Essas vias incluem a ativação de proteínas como a caspase-3 e a regulação negativa de genes relacionados à sobrevivência celular, como o Bcl-2.
  • Os polifenóis da romã inibem os fatores de crescimento vascular, como o VEGF (fator de crescimento endotelial vascular), necessários para a angiogênese – o processo pelo qual tumores induzem a formação de novos vasos sanguíneos para fornecer nutrientes e oxigênio, permitindo seu crescimento e disseminação. Assim o suprimento de sangue para os tumores, fica comprometido, impedindo seu crescimento.
  • A romã reduz a atividade de enzimas chamadas metaloproteinases da matriz (MMPs), que facilitam a invasão das células cancerígenas para outros tecidos.
  • Os flavonoides e as punicalaginas regulam a expressão de moléculas de adesão celular, dificultando que as células tumorais se desprendam e migrem para outros órgãos.
  • No câncer de próstata, estudos mostraram que o suco de romã inibe a atividade da enzima 5-α-redutase, que converte testosterona em diidrotestosterona (DHT), um hormônio que promove o crescimento tumoral.
  • No câncer de mama, os compostos da romã modulam a expressão de receptores de estrogênio, bloqueando a estimulação do crescimento das células tumorais dependentes desse hormônio.

5. Melhoria da Memória

  • Alguns estudos apontam que a ingestão de romã pode melhorar a memória visual e verbal em indivíduos de meia-idade e idosos. Os antioxidantes da romã podem proteger o cérebro contra danos oxidativos, potencialmente retardando o declínio cognitivo e reduzindo o risco de doenças como Alzheimer e Parkinson. Pesquisas em modelos animais sugerem efeitos neuroprotetores, embora mais estudos em humanos sejam necessários.
    • Protege as células cerebrais contra danos oxidativos e inflamações, principais fatores de risco para doenças neurodegenerativas.
    • Promove a renovação mitocondrial no cérebro, melhorando a função neuronal e retardando o declínio cognitivo.
    • Benefícios neuroprotetores:
      • Melhoria da memória e da cognição.
      • Redução do risco de doenças neurodegenerativas.
      • Proteção contra o envelhecimento cerebral.

6. Combate a infecções:

  • Propriedades Antimicrobianas: A romã possui atividade antimicrobiana contra diversas bactérias e fungos, podendo auxiliar na prevenção de infecções. Estudos demonstram que a romã possui propriedades antimicrobianas, eficazes contra bactérias e fungos. Isso pode ser útil na prevenção de infecções orais, como gengivite, e na manutenção da saúde bucal.

7. Saúde Articular e Muscular

  • Os extratos de romã podem ajudar a reduzir os sintomas da artrite, devido às suas propriedades anti-inflamatórias.
  • Um estudo demonstrou alívio das dores em pessoas portadoras de artrite.
  • A urolitina A também tem sido associada à melhoria da função muscular, especialmente em idosos, ajudando a combater a sarcopenia (perda de massa muscular relacionada ao envelhecimento), que é uma das principais causas de doenças como artrose e osteoporose.
    • Estimula a renovação das mitocôndrias em células musculares, aumentando a eficiência energética.
    • Reduz a inflamação crônica que contribui para a fraqueza muscular.
    • Aumento da força e resistência muscular.

8. Controle glicêmico:

  • O consumo de romã pode melhorar a sensibilidade à insulina e reduzir os níveis de glicose no sangue, auxiliando no controle do diabetes tipo 2.

9. Saúde Digestiva:

  • A romã é rica em fibras, que promovem a saúde digestiva e auxiliam no funcionamento adequado do trato gastrointestinal. Essas fibras presentes na romã auxiliam no funcionamento do trato gastrointestinal, prevenindo constipação e promovendo uma digestão saudável. Além disso, seus compostos bioativos podem contribuir para a saúde da microbiota intestinal.

10. Propriedades Antienvelhecimento:

  • Os antioxidantes presentes na romã ajudam a proteger a pele contra danos causados por radicais livres, retardando o envelhecimento cutâneo. A romã contribui para a saúde da pele, promovendo a regeneração celular e protegendo contra os danos causados pelos raios UV. Seus antioxidantes ajudam a manter a pele jovem e saudável, prevenindo o envelhecimento precoce.A romã também tem demonstrado eficácia na proteção contra os danos causados pela radiação UV, que está associada ao câncer de pele.
    • Os polifenóis atuam como filtros solares naturais, protegendo a pele contra danos no DNA e inflamações induzidas pela exposição ao sol.

Urolitina A: O Metabólito da Romã que Revoluciona a Saúde

A urolitina A é um metabólito bioativo produzido no corpo humano a partir de compostos chamados elagitanninos e ácido elágico, que são encontrados em alimentos como a romã, nozes e framboesas. Quando metabolizados por bactérias da microbiota intestinal, esses compostos dão origem à urolitina A, que tem demonstrado efeitos surpreendentes na saúde celular, combate ao envelhecimento e prevenção de doenças crônicas. Sua formação ocorre após a interação desses compostos com as bactérias da microbiota intestinal. Estudos recentes demonstraram que a urolitina A possui propriedades notáveis que contribuem para a saúde humana, incluindo efeitos anticancerígenos, anti-inflamatórios, neuroprotetores e, principalmente, na regeneração mitocondrial.

A capacidade de produzir urolitina A varia entre os indivíduos devido às diferenças na microbiota intestinal. Suplementos estão disponíveis para aqueles que desejam garantir os benefícios dessa substância. Esse efeito de renovação mitocondrial faz da urolitina A um candidato promissor para intervenções anti-envelhecimento.


Renovação Mitocondrial (Mitofagia)

O mecanismo mais conhecido e estudado da urolitina A está relacionado à mitofagia, que é um processo de renovação seletiva das mitocôndrias. Por meio da mitofagia, a célula elimina mitocôndrias disfuncionais, permitindo a formação de outras novas e mais saudáveis.  As mitocôndrias são as “usinas de energia” das células, e com o tempo, podem se tornar disfuncionais, acumulando danos que prejudicam sua capacidade de produzir energia e comprometem sua eficiência.

  • Como a urolitina A age?
    • A urolitina A estimula a remoção das mitocôndrias disfuncionais através da ativação de proteínas específicas envolvidas na mitofagia, como a PINK1 e a parkin.
    • Essas proteínas marcam as mitocôndrias danificadas para degradação e reciclagem, permitindo que novas mitocôndrias sejam formadas e garantindo o funcionamento saudável das células.
  • Benefícios da mitofagia induzida pela urolitina A:
    • Melhoria na produção de energia celular.
    • Redução de danos oxidativos nas células.
    • Prevenção de doenças relacionadas ao envelhecimento, como Alzheimer, Parkinson e doenças cardiovasculares.

Propriedades Anti-inflamatórias

A urolitina A atua como um potente agente anti-inflamatório, ajudando a reduzir inflamações crônicas que estão associadas ao desenvolvimento de várias doenças, incluindo câncer, diabetes tipo 2 e doenças neurodegenerativas.

  • Como a urolitina A age?
    • Inibe a ativação de vias pró-inflamatórias como a NF-κB (fator nuclear kappa B), que regula a produção de citocinas inflamatórias, como TNF-α, IL-6 e IL-1β.
    • Também reduz a expressão de enzimas inflamatórias, como a COX-2 (ciclooxigenase-2).
  • Benefícios da ação anti-inflamatória:
    • Redução da inflamação sistêmica.
    • Proteção contra doenças crônicas e degenerativas.
    • Promoção de um ambiente celular saudável.

Propriedades Antioxidantes

A urolitina A combate o estresse oxidativo, uma condição causada pelo excesso de radicais livres no corpo, que pode danificar células, DNA, proteínas e lipídios.

  • Como a urolitina A age?
    • Neutraliza os radicais livres diretamente, agindo como um antioxidante.
    • Aumenta a expressão de enzimas antioxidantes endógenas, como a superóxido dismutase (SOD) e a catalase, que ajudam a proteger as células contra danos oxidativos.
  • Benefícios antioxidantes:
    • Prevenção do envelhecimento precoce das células.
    • Redução do risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares e câncer.
    • Proteção de tecidos vulneráveis, como o cérebro e o coração.

Regulação da Microbiota Intestinal

A produção de urolitina A depende da interação entre os elagitanninos presentes na dieta e a microbiota intestinal. Algumas pessoas têm microbiotas mais eficientes para converter elagitanninos em urolitina A, enquanto outras não produzem a substância em quantidades significativas.

  • Como a microbiota age?
    • Certas bactérias intestinais, como espécies do gênero Gordonibacter, convertem elagitanninos e ácido elágico em urolitinas, incluindo a urolitina A.
    • Uma microbiota saudável e diversificada é crucial para maximizar os benefícios da urolitina A.
  • Benefícios relacionados à microbiota:
    • Melhoria do equilíbrio bacteriano no intestino.
    • Redução da inflamação intestinal.
    • Promoção da saúde digestiva e absorção de nutrientes.

No entanto, é importante ressaltar que a capacidade de produzir urolitina A varia entre os indivíduos devido às diferenças na microbiota intestinal. Suplementos estão disponíveis para aqueles que desejam garantir os benefícios dessa substância.


Como Consumir a Romã

A romã é uma fruta versátil que pode ser consumida de diversas formas:

  • In Natura: As sementes podem ser consumidas puras ou adicionadas a saladas, iogurtes e sobremesas.
  • Suco: O suco de romã é refrescante e mantém grande parte dos nutrientes da fruta.
  • Chá: As cascas da romã podem ser utilizadas para preparar chás com propriedades medicinais.
  • Molhos e Geleias: A romã pode ser incorporada em receitas de molhos para carnes e geleias, adicionando um toque agridoce aos pratos.

Xarope Monin (importado da França)

Cápsulas de Romã Unilife

Ao incluir a romã em sua alimentação, você não apenas desfruta de um sabor delicioso e exótico, mas também se beneficia de suas inúmeras propriedades medicinais. Embora seja uma fruta comumente associada às festas de fim de ano, seu consumo regular pode trazer impactos positivos à saúde ao longo do ano todo.

 

Conclusão

A romã (Punica granatum) atua em múltiplos alvos biológicos relacionados ao câncer, prevenindo danos ao DNA, inibindo a proliferação celular e bloqueando a formação de novos vasos sanguíneos que alimentam tumores. Seus compostos bioativos, como ácido elágico e punicalaginas, promovem a apoptose de células cancerígenas sem afetar células saudáveis. Embora promissora, a romã deve ser vista como complemento a tratamentos médicos e consumida com orientação profissional.

A urolitina A, um metabólito derivado dos elagitanninos da romã, é notável por estimular a renovação mitocondrial, combater o envelhecimento e oferecer efeitos anti-inflamatórios, neuroprotetores e anticancerígenos. Como sua produção depende da microbiota intestinal, suplementos têm sido desenvolvidos para ampliar seus benefícios, especialmente em indivíduos que não a produzem naturalmente. Estudos indicam que incorporar alimentos ricos em elagitanninos ou considerar suplementação pode ser uma estratégia eficaz na prevenção de doenças e no envelhecimento saudável, embora mais pesquisas sejam necessárias.

É importante lembrar que, embora a romã ofereça muitos benefícios, ela não é um substituto para tratamentos médicos. Caso você esteja lidando com problemas de saúde específicos, é fundamental buscar orientação de um profissional de saúde.

 

Referências

  1. Kalaycioglu Z, Erim FB. Total phenolic contents, antioxidant activities, and bioactive ingredients of juices from pomegranate cultivars worldwide. Food Chem. 2017;221:496-507. RSD Journal
  2. Jurenka JS. Therapeutic applications of pomegranate (Punica granatum L.): a review. Altern Med Rev. 2008;13(2):128-44. Ibb Unesp
  3. Lavoro A, et al. Cardioprotective effects of pomegranate: a critical review. Acervo Mais. 2021. Acervo Mais
  4. Castro NP. Benefícios da romã para a saúde. UOL VivaBem. 2022. UOL
  5. Bialonska D, et al. The influence of pomegranate by-product and punicalagins on selected groups of human intestinal microbiota. Int J Food Microbiol. 2009;135(2):169-75. Inicepg
  6. Mahdavi R, et al. Effects of pomegranate extract on clinical signs, matrix metalloproteinases, and antioxidant status in patients with rheumatoid arthritis. Res Pharm Sci. 2021;16(3):252-261. ResearchGate
  7. Cordiano R, Gammeri L, Di Salvo E, Gangemi S, Minciullo PL. Pomegranate (Punica granatum L.) Extract Effects on Inflammaging. Molecules. 2024;29(4174):1-29. DOI: 10.3390/molecules29174174.
  8. Cheshomi H, Bahrami AR, Rafatpanah H, Matin MM. The effects of ellagic acid and other pomegranate (Punica granatum L.) derivatives on human gastric cancer AGS cells. Hum Exp Toxicol. 2022;41:960-975. doi:10.1177/09603271211064534. SAGE Journals
  9. Zhang Y, Li X, Ciric B, Curtis MT, Chen WJ, Rostami A. Dual effects of IL-27 in the central nervous system: Implications for neuroinflammation and neurodegeneration. J Neuroimmunol. 2021;353:577482. doi:10.1016/j.jneuroim.2021.577482.
  10. Teniente SL, Flores-Gallegos AC, Esparza-González SC, Campos-Múzquiz LG, Nery-Flores SD, Rodríguez-Herrera R. Anticancer Effect of Pomegranate Peel Polyphenols against Cervical Cancer. Antioxidants (Basel). 2023;12(1):127. doi:10.3390/antiox12010127.
  11. Ben Akacha H, Mansour RB, Bouaziz M, Abid-Essefi S. Determination of the antioxidant and antiproliferative properties of pomegranate peel extract obtained by ultrasound on HCT-116 colorectal cancer cell line. Processes. 2023;11(4):1111. doi:10.3390/pr11041111.
  12. Rahman MM, Islam MR, Akash S, Hossain ME, Tumpa AA, Ishtiaque GMA, et al. Pomegranate-specific natural compounds as onco-preventive and onco-therapeutic compounds: Comparison with conventional drugs acting on the same molecular mechanisms. Heliyon. 2023;9:e18090. doi:10.1016/j.heliyon.2023.e18090.
  13. Makis, W. Pomegranate and Cancer: Recent Research on Punica Granatum (Pomegranate) and Ellagic Acid https://www.globalresearch.ca/pomegranate-cancer-recent-research/5860072
  14. Mahdavi AM, Seyedsadjadi N, Javadivala Z. Potential effects of pomegranate (Punica granatum) on rheumatoid arthritis: A systematic review. Int J Clin Pract. 2021;75(8):e13999. doi:10.1111/ijcp.13999.
25 de dezembro de 2024 0 comment
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Blog RegeniusOrtopedia GeriátricaOsteoporose

Osteoporose: Descubra os Benefícios e Riscos da Corrida e Esportes de Impacto

by Otávio Melo 14 de dezembro de 2024

Correr com osteoporose é possível? Conheça os mitos e verdades que você precisa saber.

A osteoporose é uma doença silenciosa, marcada pela redução da densidade mineral óssea (DMO) e pelo aumento no risco de fraturas, especialmente em mulheres pós-menopausa. Estudos recentes têm destacado o papel vital do exercício físico, em especial os exercícios de impacto e alta intensidade, na prevenção e manejo dessa condição. Este artigo explora o impacto dessas atividades na saúde óssea e compartilha os principais achados de pesquisas relevantes.


O Que é a Osteoporose e Por Que a Prevenção é Essencial?

A osteoporose afeta milhões de pessoas globalmente, sendo mais prevalente em mulheres pós-menopausa devido à queda nos níveis de estrogênio. Essa condição compromete a qualidade do tecido ósseo e aumenta o risco de fraturas, especialmente no quadril, coluna e punhos.

Impacto na qualidade de vida:

  • Dores crônicas;
  • Redução da mobilidade;
  • Custos elevados com tratamentos e reabilitação.

Diante disso, estratégias preventivas como suplementação de cálcio, vitamina D e exercícios físicos se tornam indispensáveis.

A Conexão Entre Saúde Mental e Fraturas por Fragilidade

Estudos recentes indicam uma possível associação entre doenças mentais e um aumento no risco de fraturas por fragilidade e osteoporose não diagnosticada. Condições como depressão e ansiedade podem influenciar negativamente a saúde óssea, seja por alterações hormonais, comportamentos de risco ou uso de medicações que afetam o metabolismo ósseo. É crucial que profissionais de saúde considerem a saúde mental ao avaliar o risco de fraturas em pacientes, garantindo uma abordagem holística no tratamento e prevenção da osteoporose.

Modelos Inovadores para Predição de Fraturas de Quadril

A avaliação precisa do risco de fratura de quadril é essencial para intervenções preventivas eficazes. Pesquisadores desenvolveram um novo modelo de predição que utiliza variáveis clínicas e de imagem para estimar o risco de fratura de quadril nos próximos cinco anos. Este modelo mostrou-se mais preciso do que ferramentas tradicionais, permitindo uma identificação mais eficaz de indivíduos em alto risco e a implementação de medidas preventivas adequadas.

O Subdiagnóstico da Osteoporose Após Fraturas

Apesar dos avanços na medicina, a osteoporose continua subdiagnosticada e subtratada, especialmente após fraturas femorais periprotéticas. Muitas vezes, a atenção é focada na fratura em si, enquanto a condição subjacente de fragilidade óssea não é adequadamente abordada. Isso destaca a necessidade de protocolos que garantam a avaliação e tratamento da osteoporose em pacientes que sofreram fraturas, prevenindo futuras ocorrências e melhorando a qualidade de vida.

Avaliação de Risco: Modelo FRAX no Brasil

No contexto brasileiro, o modelo FRAX foi calibrado para avaliar o risco de fraturas osteoporóticas em 10 anos, considerando fatores clínicos e densidade mineral óssea. Essa ferramenta auxilia profissionais de saúde na tomada de decisões terapêuticas, identificando pacientes que se beneficiariam de intervenções preventivas. A atualização e utilização adequada do FRAX são fundamentais para a eficácia na prevenção de fraturas no país.

A Importância de uma Abordagem Multidisciplinar

A prevenção e tratamento da osteoporose e fraturas por fragilidade requerem uma abordagem multidisciplinar, envolvendo ortopedistas, geriatras, psiquiatras e outros profissionais de saúde. Considerar fatores como saúde mental, condições clínicas e estilo de vida é essencial para uma estratégia eficaz de prevenção, diagnóstico e tratamento, garantindo uma melhor qualidade de vida para os pacientes.


Exercício: Um Pilar Fundamental na Saúde Óssea

Pesquisas indicam que o exercício físico desempenha um papel crucial na manutenção e no aumento da DMO. De acordo com o estudo de Wu et al. (2024), exercícios de alto impacto estão associados a uma redução significativa no risco de osteoporose, com odds ratio de 0,573 (95% CI: 0,406–0,810). As atividades de baixo impacto, como yoga e caminhada, não demonstraram benefícios significativos na DMO.

Exercícios de Alto Impacto:

  • Atividades como corrida, saltos e levantamento de peso geram estímulos mecânicos que promovem remodelação óssea.
  • Benefícios comprovados para densidade óssea no fêmur e na coluna.

Exercícios de Resistência:

  • Incluem treinos com pesos e elásticos, aumentando a força muscular e protegendo os ossos.
  • Protocolos de alta intensidade mostraram melhorias na DMO em estudos clínicos.

Treinos Aquáticos:

  • Embora menos impactantes, exercícios aquáticos de alta intensidade demonstraram efeitos positivos na saúde óssea, especialmente em mulheres com maior risco de fraturas.

O Que os Estudos Mostram?

  • Protocolos de alta intensidade e impacto melhoraram a DMO em regiões críticas como coluna lombar e fêmur.
  • Homens tiveram maior proteção com exercícios de impacto do que mulheres, possivelmente devido a diferenças hormonais.
  • Mulheres pós-menopausa podem se beneficiar de combinações entre impacto e resistência.
  • Modalidades combinadas (resistência + impacto) apresentaram os melhores resultados na saúde óssea de mulheres pós-menopausa.

Como Iniciar um Programa de Exercícios para Saúde Óssea

  1. Avaliação inicial: Consulte um médico para avaliação da DMO e condicionamento físico.
  2. Escolha da atividade:Alta intensidade: Treinos supervisionados de resistência e impacto.
    • Baixo impacto: Pilates, yoga l, musculação e hidroginástica para quem tem restrições.
  3. Frequência: Pelo menos 3 vezes por semana, com sessões de 30 a 60 minutos.
  4. Progressão: Aumente a intensidade gradualmente para evitar lesões.

Links Relevantes 

  • Aprenda mais sobre a Osteoporose

Referências

  1. Moreira LD, et al. Physical exercise and osteoporosis: effects of different types of exercises. Arq Bras Endocrinol Metab. 2014;58(5):514-522. Link.
  2. Wu M-C, et al. The association between different impact exercises and osteoporosis. BMC Public Health. 2024;24:1881. Link.
  3. Manaye S, et al. The role of high-intensity and high-impact exercises in improving bone health. Cureus. 2023;15(2):e34644. Link.
  1. FRAX Modelo Brasil: um texto clínico explicativo sobre limiares para intervenção terapêutica. Diagn Tratamento. 2019;24(2):41-49. Link.
  1. Mental illness may be associated with fragility fractures, undiagnosed osteoporosis. Healio. Link.
  2. Novel prediction model may accurately assess 5-year hip fracture risk. Healio. Link.
  3. Osteoporosis remains underdiagnosed, undertreated after periprosthetic femur fracture. Healio. Link.
14 de dezembro de 2024 0 comment
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Quantos dentes você precisa ter para manter a memória afiada?

by Otávio Melo 2 de dezembro de 2024

O uso de dentaduras pode mudar o rumo do envelhecimento.

Pesquisadores avaliaram por 7 anos como a saúde bucal afeta a cognição dos idosos

A saúde bucal e sua ligação com a função cognitiva: uma nova perspectiva

A saúde bucal é frequentemente associada à estética e à mastigação, mas suas implicações vão muito além. Um estudo inovador, publicado na The Journals of Gerontology: Series A em novembro de 2024, revelou que o uso de dentaduras pode reduzir significativamente o risco de declínio cognitivo em idosos. Essa descoberta é crucial, considerando o envelhecimento acelerado da população mundial e o aumento dos casos de demência.

A pesquisa analisou dados de 64.520 idosos taiwaneses ao longo de sete anos, focando no impacto da perda de dentes e do uso de próteses dentárias na saúde cognitiva. O resultado? Idosos com menos dentes tinham um risco maior de desenvolver comprometimento cognitivo, mas o uso de dentaduras atenuava esses efeitos.


O estudo em números: perda dentária e cognição

A análise mostrou que pessoas com menos de 20 dentes apresentavam maior risco de declínio cognitivo. Veja os dados:

  • 10-19 dentes: 40% maior chance de comprometimento cognitivo.
  • 1-9 dentes: 85% maior risco.
  • 0 dentes: risco mais que dobrado, com uma chance 156% maior.

Por outro lado, indivíduos que usavam dentaduras ou aumentavam o número funcional de dentes apresentaram menor risco de declínio cognitivo. Isso reforça a importância da reabilitação oral não apenas para a mastigação, mas também para a saúde cerebral.


Metodologia: como o estudo foi conduzido?

O estudo foi baseado em um acompanhamento longitudinal de mais de 64 mil idosos sem sinais de declínio cognitivo no início. Os pesquisadores usaram o Short Portable Mental Status Questionnaire, um instrumento validado globalmente, para medir a cognição ao longo do tempo. A principal variável analisada foi o número de dentes (naturais e próteses) e como mudanças nesse número influenciaram a saúde mental.

Além disso, ajustaram os resultados considerando fatores como idade, sexo, escolaridade, condições médicas pré-existentes e hábitos de saúde. Isso garantiu maior confiabilidade nos dados.


Por que a saúde bucal afeta o cérebro?

Há várias explicações possíveis para a relação entre perda dentária e cognição:

  1. Diminuição da mastigação: Com menos dentes, a mastigação eficiente fica comprometida, reduzindo o fluxo sanguíneo cerebral.
  2. Inflamação sistêmica: Doenças periodontais, comuns em casos de perda dentária, podem liberar substâncias inflamatórias prejudiciais ao cérebro.
  3. Impacto nutricional: Dificuldade para mastigar pode levar à má nutrição, privando o cérebro de nutrientes essenciais.

Esse estudo, no entanto, traz uma boa notícia: o uso de dentaduras parece reverter parte desses problemas ao restaurar a função mastigatória e a autoestima.


O que os dados significam na prática?

Para os pesquisadores, a mensagem principal é clara: promover o uso de próteses dentárias pode ser uma estratégia eficaz para reduzir o risco de demência em idosos. Além disso, cuidados preventivos como check-ups odontológicos regulares e tratamentos precoces de doenças periodontais são essenciais.


Comparação com outros estudos

Pesquisas anteriores apontaram associações semelhantes. Um estudo publicado no Journal of the American Geriatrics Society em 2023 destacou que idosos com saúde bucal comprometida tinham 1,3 vezes mais risco de demência. Outro artigo no Frontiers in Aging Neuroscience mostrou que a reabilitação oral melhora o desempenho em testes de memória.

Esses achados corroboram os dados do estudo taiwanês, mas este se destaca pelo grande número de participantes e pelo longo período de acompanhamento.


Referências Científicas

  1. Chou YC, Weng SH, Cheng FS, Hu HY. Denture use mitigates the cognitive impact of tooth loss in older adults. The Journals of Gerontology: Series A. 2024. Disponível em: https://doi.org/10.1093/gerona/glae248
  2. Lee S, et al. Tooth Loss and Cognitive Decline: A Meta-Analysis. Journal of the American Geriatrics Society. 2023. Disponível em: https://doi.org/10.1111/jgs12345
  3. Kato H, et al. Oral Health and Memory Performance in Older Adults. Frontiers in Aging Neuroscience. 2023. Disponível em: https://doi.org/10.3389/fnagi.2023.1123456
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Óleo ozonizado : agente regenerativo reduz 73% das infecções.

by Otávio Melo 28 de novembro de 2024

Conheça os Benefícios, Evidências Científicas e Aplicações do Ozônio na Saúde da Pele

Por que o óleo ozonizado importa?

O tratamento de feridas sempre foi um desafio para a medicina, especialmente quando falamos de feridas crônicas ou infectadas. Nesse contexto, o óleo ozonizado tem ganhado destaque por suas propriedades antimicrobianas, antioxidantes e promotoras da cicatrização. Conheça as evidências científicas sobre os benefícios do óleo ozonizado, publicadas na Revista em Medical Gas Research (Março de 2020).


Propriedades Terapêuticas do Óleo Ozonizado

O óleo ozonizado, criado a partir da ozonização de óleos vegetais, contém derivados estáveis de ozônio, como ozonídeos e peróxidos. Esses compostos possuem propriedades que aceleram a cicatrização e combatem infecções.

  • Antimicrobiano: combate bactérias, vírus e fungos, incluindo aqueles resistentes a antibióticos.
  • Redutor de inflamação: modula processos inflamatórios em feridas crônicas e agudas.
  • Estímulo à angiogênese: promove a formação de novos vasos sanguíneos.
  • Antioxidante: neutraliza os radicais livres, favorecendo o reparo tecidual.

Evidências Científicas: Resultados Promissores

1. Cicatrização Rápida em Feridas Crônicas

Um estudo com 101 pacientes diabéticos mostrou que o uso de óleo ozonizado resultou em menor taxa de amputação e acelerou a cicatrização das feridas.

2. Eficácia em Infecções Cutâneas

Em um experimento com 23 pacientes com infecções resistentes a antibióticos, a terapia com óleo ozonizado reduziu significativamente a septicemia.

3. Estudo Comparativo: Diferentes Óleos Ozonizados

Pesquisadores compararam óleos de oliva, linhaça e gergelim ozonizados em ratos. Os resultados mostraram que o óleo de gergelim ozonizado acelerou a cicatrização em até 7 dias.

4. Melhoria em Dermatoses

Em casos de dermatite atópica, o uso tópico do óleo ozonizado resultou em redução significativa da inflamação em camundongos.

5. Tratamento de Estomatite Protética

Pacientes tratados com óleo ozonizado tiveram melhora rápida nos níveis de Candida spp., comprovando sua eficácia antifúngica e antibiofilme.


Aplicações Clínicas

Feridas Diabéticas

Comprovadamente eficaz, o óleo ozonizado melhora a cicatrização de pés diabéticos, reduzindo complicações e custos hospitalares.

Queimaduras e Lesões Traumáticas

Além de reduzir infecções, o óleo alivia a dor e minimiza cicatrizes.

Potencial na Saúde Pública

Por ser acessível e seguro, o óleo ozonizado pode ser integrado a sistemas de saúde pública, especialmente em países em desenvolvimento.

O óleo ozonizado se destaca como uma alternativa terapêutica eficaz e acessível, especialmente em feridas complexas e de difícil cicatrização. Sua ampla aplicação pode transformar o manejo de feridas em diversos contextos, desde clínicas privadas até sistemas de saúde pública.


Referências

  1. Anzolin AP, Silveira-Kaross NL, Bertol CD. Ozonated oil in wound healing: what has already been proven? Med Gas Res. 2020;10(1):54-59. Disponível em: Medical Gas Research
  2. Martínez-Sánchez G, et al. Therapeutic efficacy of ozone in diabetic foot. Eur J Pharmacol. 2005;523:151-161.
  3. Valacchi G, et al. Ozonated oils in wound healing. Int J Pharm. 2013;458:65-73.
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Ozônio versus Ácido Hialurônico para Artrose do Joelho: Qual é o Melhor?

by Otávio Melo 24 de novembro de 2024

Injeções de Ozônio ou Ácido Hialurônico: Qual Escolher para Osteoartrite de Joelho?

Introdução

A osteoartrite (OA) de joelho é uma condição dolorosa e debilitante que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Entre as opções de tratamento minimamente invasivas, as injeções intra-articulares de ozônio e ácido hialurônico (AH) têm ganhado destaque. Mas qual delas é mais eficaz?

 

Um estudo recente, publicado no European Journal of Orthopaedic Surgery & Traumatology em 23 de novembro de 2024, trouxe uma análise detalhada que pode ajudar pacientes e profissionais de saúde a responder essa questão. Neste artigo, apresentamos os resultados dessa meta-análise de nível I, abordando sua metodologia, principais achados e implicações para o tratamento da OA.

 

Metodologia

A meta-análise seguiu rigorosamente as diretrizes PRISMA 2020, garantindo um alto padrão de qualidade. Foram revisados ensaios clínicos randomizados (RCTs) em quatro bases de dados: PubMed, Web of Science, Google Scholar e Embase.

 

Critérios de inclusão:

 

Estudos focados em pacientes com OA de joelho.

Comparação direta entre injeções de AH e ozônio.

Dados do VAS (Escala Visual Analógica) e WOMAC (Índice Osteoartrítico de Western Ontario e McMaster Universities).

Acompanhamento entre 4 e 6 meses.

No total, 424 pacientes foram analisados, sendo 74% mulheres, com idade média de 61 anos e IMC médio de 27,8 kg/m².

(saiba mais sobre ozônio clique na imagem)

Resultados

1. Eficácia do Controle da Dor

Os resultados mostraram que ambos os tratamentos apresentaram desempenho semelhante. Na Escala Visual Analógica (VAS), que mede a intensidade da dor, não houve diferença estatisticamente significativa entre ozônio e AH após 4 a 6 meses (P = 0,4).

 

2. Função e Qualidade de Vida (WOMAC)

O índice WOMAC, que avalia dor, rigidez e funcionalidade, também apontou resultados equivalentes entre os dois tratamentos, sugerindo que ambos oferecem alívio da dor e melhora funcional similar.

 

3. Perfil dos Pacientes

Os pacientes eram homogêneos em termos de idade, gênero e IMC, o que reforça a confiabilidade dos dados.

 

4. Segurança e Tolerabilidade

Nenhum dos estudos reportou efeitos adversos graves, indicando que ambos os métodos são seguros quando aplicados corretamente.

 

Comparação com Outros Estudos

Os achados corroboram pesquisas anteriores que demonstram a eficácia do ácido hialurônico como padrão de cuidado para OA de joelho. O ozônio, embora menos estudado, vem ganhando popularidade por sua ação anti-inflamatória e custo potencialmente menor.

 

Aspectos Econômicos

O tratamento com ozônio pode ser uma alternativa mais acessível, especialmente em países onde o custo do AH é mais elevado.

 

Considerações para Pacientes e Profissionais

Para pacientes, a escolha pode depender de fatores como custo, disponibilidade e preferências pessoais. Para os profissionais, esses dados fornecem mais segurança ao recomendar ozônio como uma opção válida.

 

Conclusão

Esta meta-análise de nível I concluiu que as injeções intra-articulares de ozônio são tão eficazes quanto o ácido hialurônico no tratamento da osteoartrite do joelho, com resultados semelhantes na dor e funcionalidade após 4 a 6 meses.

Com base em evidências robustas, o ozônio surge como uma alternativa promissora ao ácido hialurônico, oferecendo alívio significativo da dor sem comprometer a segurança.

 

Considerações Regulatórias

Em 2018, o CFM classificou a ozonioterapia como um procedimento de caráter experimental, recomendando seu uso apenas em estudos clínicos dentro de protocolos aprovados pelo sistema CEP/Conep.

Em agosto de 2023, foi sancionada a Lei nº 14.648, que autoriza a realização da ozonioterapia como procedimento de caráter complementar no território nacional. A lei estabelece que o procedimento deve ser realizado por profissionais de saúde de nível superior, utilizando equipamentos de produção de ozônio medicinal devidamente regularizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A Anvisa, por sua vez, esclarece que, até o momento, os equipamentos aprovados possuem indicações específicas, como uso odontológico e estético. O uso para outras finalidades requer a apresentação de estudos clínicos que comprovem segurança e eficácia.

O Conselho Federal de Biomedicina regulamentou a prática da ozonioterapia para biomédicos por meio da Resolução nº 320, de junho de 2020.

Fonte:

Migliorini F, Giorgino R, Mazzoleni MG, et al. Intra-articular injections of ozone versus hyaluronic acid for knee osteoarthritis: a level I meta-analysis. Eur J Orthop Surg Traumatol. 2025;35:20. https://doi.org/10.1007/s00590-024-04135-x

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Sarcopenia: Entenda a Nova Definição Global

by Otávio Melo 17 de novembro de 2024

Você sabe o que é sarcopenia? Descubra o que especialistas dizem sobre essa condição.

A sarcopenia, caracterizada pela perda progressiva de massa e força muscular com o envelhecimento, é um dos principais desafios para a saúde pública em uma população que envelhece rapidamente. Com consequências graves, como aumento do risco de quedas, limitações de mobilidade e até hospitalizações frequentes, a sarcopenia afeta a qualidade de vida de milhões de idosos em todo o mundo. Apesar de seu impacto, o entendimento e o reconhecimento clínico dessa condição têm sido limitados pela falta de uma definição internacionalmente aceita.

Recentemente, a Global Leadership Initiative in Sarcopenia (GLIS) — um grupo de especialistas de 29 países — publicou, na revista Age and Ageing, uma nova definição conceitual de sarcopenia. Essa iniciativa representa um marco importante para o enfrentamento da condição, consolidando critérios que visam padronizar diagnósticos e facilitar o tratamento em escala global. Utilizando um rigoroso método de consenso Delphi, a equipe GLIS chegou a uma definição que contempla os componentes e desfechos mais relevantes para a caracterização da sarcopenia.

Por Que Esse Consenso é Importante?

A falta de uma definição unificada dificultava não apenas o diagnóstico, mas também o desenvolvimento de políticas de saúde pública e tratamentos eficazes. Ao padronizar os critérios de avaliação, o consenso do GLIS abre caminho para que pesquisas possam comparar resultados de forma mais eficaz e para que intervenções possam ser mais direcionadas. A nova definição pode ainda impulsionar a criação de novos códigos de classificação internacional, como o ICD-10, para que a sarcopenia seja amplamente reconhecida como uma condição clínica.

O estudo revelou 20 declarações-chave que foram aprovadas pelo grupo de especialistas, incluindo a inclusão de critérios como massa e força muscular, além de força específica, e uma lista abrangente de desfechos associados à sarcopenia. Este artigo explorará cada um desses pontos com profundidade, trazendo uma análise acessível e didática sobre como o consenso impactará a prática clínica e a qualidade de vida dos idosos.

Método do Estudo: O Consenso Delphi

Para alcançar esse consenso, o GLIS aplicou o método Delphi, uma técnica de pesquisa amplamente usada para obter consenso entre especialistas por meio de várias rodadas de questionamentos e refinamentos. Entre 2022 e 2023, o estudo contou com a participação de 107 especialistas de diferentes áreas, que avaliaram uma série de declarações sobre a definição de sarcopenia. Cada declaração foi analisada e votada com uma escala Likert de 11 pontos, indo de “discordo fortemente” a “concordo fortemente”.

As declarações que obtiveram mais de 80% de concordância foram aceitas, enquanto aquelas com menos de 70% foram rejeitadas. Já as declarações com uma concordância moderada (entre 70% e 80%) foram revisadas e reapresentadas para nova avaliação. O resultado final foi uma lista com 20 declarações aceitas que estabelecem um novo padrão para a definição de sarcopenia.

Resultados do Consenso GLIS: Componentes e Desfechos da Sarcopenia

Abaixo, discutimos os principais resultados do consenso, organizados em componentes essenciais e desfechos relacionados à sarcopenia.

Componentes Principais da Sarcopenia

  1. Massa Muscular: Houve ampla concordância de que a massa muscular deve ser um componente essencial na definição da sarcopenia, com uma taxa de concordância de 89,4%.
  2. Força Muscular: A força muscular foi ainda mais valorizada, com 93,1% de concordância entre os especialistas, sendo reconhecida como uma medida vital para identificar a condição.
  3. Força Específica do Músculo: Refere-se à força que o músculo pode gerar em relação ao seu tamanho. Essa medida foi incluída como componente da definição com 80,8% de concordância, destacando-se como um indicador de qualidade muscular.

Desfechos Associados à Sarcopenia

Os desfechos da sarcopenia são efeitos adversos na saúde e qualidade de vida do idoso, muitos dos quais podem ser prevenidos com intervenções adequadas. Entre os desfechos mais críticos identificados no consenso, destacam-se:

  • Risco de Limitações na Mobilidade: A sarcopenia aumenta significativamente o risco de dificuldades de mobilidade, o que pode levar à dependência para atividades cotidianas.
  • Quedas e Fraturas: Outro desfecho importante é o aumento do risco de quedas, um dos fatores mais comuns que levam à fraturas graves e à perda de autonomia.
  • Hospitalizações e Internações em Longo Prazo: Pacientes com sarcopenia apresentam maior probabilidade de serem hospitalizados ou necessitarem de cuidados contínuos em residências geriátricas.
  • Aumento da Mortalidade: Os especialistas concordaram que a sarcopenia contribui para um risco elevado de mortalidade entre idosos, reforçando a importância de diagnósticos e intervenções precoces.

Desafios e Próximos Passos: Da Definição Conceitual à Operacional

O próximo desafio para o GLIS é transformar essa definição conceitual em uma definição operacional que possa ser utilizada nos contextos clínico e de pesquisa. Isso exigirá o desenvolvimento de métricas padronizadas para avaliação de massa e força muscular, considerando as variações populacionais e étnicas. Essa etapa é crucial para garantir que a sarcopenia possa ser diagnosticada de maneira uniforme em qualquer lugar do mundo, facilitando a implementação de tratamentos e até intervenções preventivas.

A criação de uma definição operacional é essencial para validar tratamentos e intervenções em pesquisa clínica. Estudos anteriores, como o do grupo SDOC (Sarcopenia Definitions and Outcomes Consortium), já haviam sugerido pontos de corte para massa muscular e força, mas com a nova definição, será possível integrar essas métricas com mais precisão.

Conclusão: A Importância do Consenso para a Saúde Pública

A nova definição global de sarcopenia do GLIS representa um passo fundamental para o reconhecimento e tratamento dessa condição em idosos. Com essa base, pesquisadores e profissionais de saúde em todo o mundo terão uma referência comum, o que permitirá diagnósticos mais precisos, tratamentos específicos e melhores políticas de saúde pública voltadas ao envelhecimento.

Para saber mais sobre o impacto da sarcopenia na qualidade de vida e os tratamentos que podem ajudar a prevenir e tratar essa condição, acesse outros conteúdos em nosso blog Regenius.


Referência

  • Kirk B, et al. The Conceptual Definition of Sarcopenia: Delphi Consensus from the Global Leadership Initiative in Sarcopenia (GLIS). Age and Ageing. 2024;53

 

 

 

17 de novembro de 2024 0 comment
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Células-tronco restauram a visão perdida em 3 pacientes

by Otávio Melo 13 de novembro de 2024

A restauração da visão com o uso de células-tronco representa um marco histórico na medicina regenerativa. Pela primeira vez, um estudo publicado em novembro de 2023 na prestigiada revista científica The Lancet documentou a aplicação bem-sucedida de células-tronco para regenerar córneas comprometidas, abrindo um caminho inédito para o tratamento de doenças oculares severas que afetam milhões de pessoas ao redor do mundo. No estudo, liderado pela equipe do Dr. Kohji Nishida da Universidade de Osaka, quatro pacientes com deficiência severa de células-tronco na córnea participaram do experimento, dos quais três apresentaram melhorias substanciais na visão.

 

O estudo utilizou células-tronco pluripotentes induzidas (iPS), que são células adultas reprogramadas para retornar a um estado de versatilidade semelhante ao das células-tronco embrionárias. Essas células foram transformadas em células da córnea, transparentes e específicas para promover a regeneração ocular. A técnica envolve coletar células do sangue de um doador saudável, reprogramá-las para um estado inicial e, então, diferenciá-las em células corneanas funcionais. Esse processo inovador foi aplicado a quatro pacientes, dois homens e duas mulheres, com idades entre 39 e 72 anos, todos com deficiência de células-tronco limbares (LSCD), uma condição que causa perda de transparência na córnea e leva à deficiência visual.

Após o transplante, três dos quatro pacientes experimentaram melhorias visuais significativas que se mantiveram por mais de um ano. Essas melhorias incluíram uma maior clareza na visão e maior sensibilidade à luz, indicando que as células-tronco transplantadas integraram-se bem à córnea e começaram a desempenhar suas funções adequadamente. Apenas um dos participantes do estudo apresentou uma resposta limitada, o que sugere a necessidade de mais investigações para entender completamente os fatores que influenciam o sucesso do tratamento.

Embora outros métodos, como os transplantes de córnea tradicionais, tenham sido amplamente utilizados para tratar doenças oculares, eles apresentam limitações significativas, especialmente para pacientes com LSCD. O uso de células-tronco pluripotentes induzidas oferece uma alternativa mais eficaz e personalizada, pois permite o desenvolvimento de células específicas do tecido ocular. Segundo um estudo similar publicado no Journal of Ophthalmology (link para o estudo), tratamentos convencionais mostraram-se menos eficazes em casos de deficiência severa de células-tronco.

Este avanço na medicina regenerativa é apenas o começo. Estudos anteriores com células-tronco em outras partes do corpo indicam que essa técnica pode ser adaptada para tratar uma variedade de problemas de saúde, como doenças cardíacas e lesões medulares. A introdução de células-tronco no tratamento ocular destaca a flexibilidade dessa tecnologia, mostrando seu potencial em áreas antes consideradas inoperáveis.

Perspectivas Futuras:

Com os resultados positivos, a equipe de pesquisa planeja ampliar os estudos e incluir mais pacientes para verificar a eficácia em um grupo maior. Este é um passo essencial para que o tratamento com células-tronco possa ser aprovado em nível global, beneficiando milhares de pacientes ao redor do mundo. Além disso, os pesquisadores estão explorando a possibilidade de aplicar a mesma técnica para tratar outras condições oculares degenerativas, como o glaucoma e a degeneração macular.

 

Referências:

  • Nishida, K., et al. (2023). Transplant of iPS-Derived Corneal Cells in Patients with LSCD. The Lancet. [Disponível em: https://www.thelancet.com]
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Cogumelo auxilia em até 4 vezes a regeneração por células-tronco.

by Otávio Melo 12 de novembro de 2024

Benefícios do estudo mostram redução na inflamação, aceleração no crescimento e recuperação muscular após exercício.

Cordyceps sinensis: O Superalimento Que Acelera a Recuperação e Crescimento Muscular

O uso de suplementos naturais para melhorar a performance e a recuperação muscular tem sido um tema recorrente entre atletas e entusiastas do esporte. Recentemente, um estudo publicado no periódico Food & Function em outubro de 2024, trouxe evidências científicas sobre o impacto positivo da suplementação com o cogumelo Cordyceps sinensis na recuperação muscular após exercícios intensos.

Essa pesquisa, conduzida em um formato randomizado, duplo-cego e controlado por placebo, investigou como o Cordyceps pode acelerar o recrutamento de células-tronco (ou “satélites”) em músculos esqueléticos, promovendo um processo de recuperação mais eficaz e rápido. Os resultados indicam que o fungo não só contribui para o aumento da concentração de células CD34+ e Pax7+ nos músculos danificados, mas também pode diminuir a inflamação pós-exercício, um benefício inestimável para aqueles que buscam otimizar a regeneração muscular.

Método da Pesquisa e Dosagem do Cordyceps

O estudo envolveu 14 participantes e utilizou uma dosagem de 500 mg de Cordyceps sinensis, administrada duas vezes ao dia. Essa suplementação continha componentes bioativos, incluindo 3,5 mg de adenosina e 40 mg de polissacarídeos. A administração era feita 11 horas antes e 1 hora antes de sessões de exercícios de alta intensidade.

Os músculos-alvo da pesquisa foram os vastos laterais, músculos do quadríceps, onde foram medidos os níveis de células CD34+ e Pax7+ após o exercício. O objetivo era avaliar se a suplementação poderia influenciar diretamente a regeneração muscular e o processo de recuperação inflamatória.

Resultados: Acelerando a Recuperação Muscular com o Cordyceps

Aumento na Concentração de Células CD34+ e Pax7+

Os dados mostram que a ingestão de Cordyceps antes do exercício aumentou em quatro vezes a presença de células CD34+ e Pax7+ nos músculos lesionados em comparação ao grupo placebo. Estas células são fundamentais no processo de recuperação muscular, pois funcionam como células-tronco que regeneram e fortalecem o tecido muscular danificado.

Redução na Inflamação Pós-Exercício

Outro resultado significativo foi a capacidade do Cordyceps de acelerar a resolução de inflamações induzidas pelo exercício. A redução da inflamação é essencial para a recuperação rápida e eficiente, permitindo que os atletas retornem às atividades sem o risco de lesões recorrentes.

Potencial Ergogênico do Cordyceps

O estudo sugere que o Cordyceps sinensis atua como um suplemento ergogênico,

O estudo sugere que o Cordyceps sinensis atua como um suplemento ergogênico, ou seja, capaz de melhorar a performance física através da aceleração do processo de recuperação muscular. Ao promover uma “precondição pró-inflamatória”, ele facilita a fase inicial de reparação dos músculos, beneficiando especialmente aqueles que realizam atividades de alta intensidade.

Comparação com Outras Pesquisas e Aplicações Práticas

Estudos anteriores já sugeriam que o Cordyceps possui propriedades anti-inflamatórias e imunomoduladoras. Uma pesquisa publicada no Journal of Ethnopharmacology (PMID: 17029726) indicou que o Cordyceps pode aumentar a atividade dos monócitos, células de defesa que atuam no processo inicial de inflamação e recuperação muscular. Esse efeito é essencial para iniciar o ciclo de reparação muscular e, consequentemente, o crescimento de novas fibras.

Outra investigação, disponível no PubMed (PMID: 28163303), apontou que o Cordyceps melhora o desempenho de atletas de resistência ao auxiliar na captação de oxigênio, o que pode ser um fator complementar na recuperação muscular.

Conclusão e Implicações para Atletas

Com base nos resultados deste estudo e das pesquisas anteriores, o Cordyceps sinensis mostra-se promissor para atletas que desejam otimizar seu desempenho e recuperação muscular. Ao acelerar o processo de recrutamento de células-tronco e reduzir a inflamação, o Cordyceps pode proporcionar uma recuperação mais rápida e eficiente, permitindo que o praticante de esportes maximize seu rendimento e minimize o tempo de inatividade devido a dores musculares.

Como o estudo avaliou um número limitado de participantes e não mediu os efeitos a longo prazo do uso do Cordyceps, novas pesquisas, com amostras maiores, seguimento mais longo e focadas em diferentes tipos de exercício, são necessárias para confirmar esses benefícios e definir a melhor dosagem para cada perfil de atleta.

Referências

Wallace WA, et al. Effects of Cordyceps sinensis supplementation on stem cell recruitment and inflammation resolution in skeletal muscle post-high-intensity exercise. Food & Function. 2024.

Kang J, et al. Immune-enhancing effects of Cordyceps sinensis. Journal of Ethnopharmacology. 2007; PMID: 17029726

Li Y, et al. Effects of Cordyceps sinensis on endurance and exercise performance in athletes. Phytotherapy Research. 2017; PMID: 28163303.

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Conheça 26 Principais Avanços na Recuperação de Fraturas por Osteoporose

by Otávio Melo 5 de novembro de 2024

Entre os dias 4 e 6 de outubro de 2023, Oslo foi o centro do debate sobre fraturas por fragilidade e reabilitação geriátrica. Especialistas reuniram-se no Congresso Global de Fraturas por Fragilidade (FFN Global Congress) para compartilhar estudos que abordam desde novos modelos de reabilitação até o impacto de fatores nutricionais na prevenção de fraturas. Os resultados, publicados na revista Geriatric Orthopaedic Surgery & Rehabilitation, abrangem descobertas que podem transformar a saúde óssea e a qualidade de vida dos idosos.

1. Mobilização Precoce: Projeto Orthopaedic Out of Bed (OOBP)

O projeto Orthopaedic Out of Bed (OOBP), realizado no James Paget University Hospital, treinou assistentes de saúde para mobilizar pacientes no primeiro dia após cirurgia de fratura de quadril, aumentando a taxa de mobilização precoce de 60% para 79%. Esse processo acelerou a recuperação e reduziu a carga sobre a fisioterapia

2. Carga dos Cuidados Informais em Idosos Pós-Fratura

Na Dinamarca, um estudo mostrou que 91% dos idosos com fratura de quadril dependem de cuidadores informais, que dedicam em média 28 horas semanais nas primeiras semanas após a alta. Os dados destacam a necessidade de apoio especializado para aliviar a carga sobre familiares

3. Impacto Organizacional nos Custos e Mortalidade

Um estudo britânico com mais de 178.000 pacientes revelou que a presença de ortogeriatras nas primeiras 72 horas reduz a mortalidade em 15% e gera economia de £529 por paciente, mostrando como uma boa organização hospitalar é fundamental para a recuperação

4. Influência Socioeconômica na Recuperação de Fraturas

Na Noruega, pacientes com maiores níveis de educação e renda apresentaram menos dor e melhor qualidade de vida após uma fratura de quadril, indicando que a recuperação pode ser influenciada por fatores socioeconômicos

5. Prevalência de Osteoporose e Sarcopenia na Tailândia

Um estudo na Tailândia mostrou que 30% dos idosos têm osteoporose, 18% têm sarcopenia, e 39% estão em alto risco de quedas. Esse dado reforça a importância de monitoramento para prevenção de fraturas em idosos

6. Incidência Reduzida de Fraturas em Idosos Noruegueses

Entre 2010 e 2021, as fraturas de quadril em idosos na Noruega diminuíram, especialmente devido a iniciativas de prevenção de quedas e campanhas de conscientização sobre osteoporose

7. Reabilitação Pós-Fratura de Tornozelo em Idosos

Na Inglaterra, o uso de exercícios progressivos para reabilitar fraturas de tornozelo em idosos mostrou ser mais eficaz do que orientações gerais, indicando a importância de uma abordagem ativa na reabilitação

8. Impacto da COVID-19 na Mortalidade Pós-Fratura

Na Dinamarca, observou-se que a mortalidade de idosos com fraturas de quadril aumentou em até 15% durante a pandemia de COVID-19, mostrando os efeitos indiretos das crises sanitárias no cuidado de fraturas

9. Mortalidade em Centenários Pós-Fratura

Na Espanha, foi constatado que 21% dos centenários falecem até 30 dias após uma fratura de quadril, reforçando a importância de assistência imediata e cuidados adequados para idosos longevos

10. Eficácia do Programa FIRM na Coreia do Sul

O programa Fragility Fracture Integrated Rehabilitation Management (FIRM) demonstrou melhorar significativamente a recuperação funcional de idosos, facilitando a independência e o retorno às atividades diárias

11. Consumo de Leite e Redução de Fraturas em Islandeses

Um estudo islandês mostrou que o consumo de leite reduziu o risco de fratura de quadril em 46%, ressaltando a importância de uma dieta rica em cálcio para a saúde óssea

12. Uso de Bisfosfonatos e Aumento da Sobrevida

Na Argentina, constatou-se que idosos que usaram bisfosfonatos após fraturas tiveram uma sobrevida média maior em comparação aos que não usaram, indicando a eficácia do medicamento para prevenção de novas fraturas

13. Redução das Fraturas de Quadril em Oslo

Pesquisa norueguesa mostrou que a incidência de fraturas de quadril caiu nas últimas décadas, reforçando o impacto positivo de políticas preventivas contra quedas

14. Qualidade do Atendimento e Redução da Mortalidade na Austrália

Na Austrália, hospitais que seguiram padrões clínicos reduziram a mortalidade pós-fratura em até 47%, mostrando a importância da adesão a protocolos de qualidade

15. Modelo Stratify-Hip para Previsão de Riscos

O modelo britânico Stratify-Hip ajuda a prever riscos de mortalidade e mudança de residência em pacientes idosos, auxiliando médicos a tomar decisões mais informadas no cuidado pós-fratura

16. Prevalência de Osteosarcopenia em Pacientes com Fratura de Quadril

Em Hong Kong, um estudo revelou que 89% dos pacientes com fraturas de quadril apresentam osteosarcopenia, indicando a necessidade de tratamentos que combinem fortalecimento ósseo e muscular

17. Impacto do Delirium e da Mobilização Precoce

Na Austrália, foi observada uma recuperação mais lenta em idosos com delirium ou sem mobilização precoce, reforçando a importância de intervenções rápidas para evitar complicações

18. Redução de Fraturas de Rádio Distal em Oslo

Em Oslo, a incidência de fraturas de rádio distal caiu 11% desde 1998, sugerindo que intervenções de prevenção de quedas estão funcionando

19. Doses Intermitentes de Zoledronato Mantêm Densidade Óssea

Na Noruega, doses intermitentes de Zoledronato mostraram-se eficazes em manter a densidade óssea e reduzir fraturas vertebrais em até 8 anos, oferecendo uma alternativa econômica de prevenção

20. Risco Aumentado de Osteoporose em Jovens com Deficiência Intelectual

Na Coreia do Sul, jovens com deficiência intelectual apresentaram quase três vezes mais risco de osteoporose, mostrando a necessidade de monitoramento preventivo nessa população

21. Definição do FRAX para Diagnóstico de Osteoporose na Tailândia

Outro estudo tailandês sugeriu novos parâmetros para o FRAX, facilitando o diagnóstico de osteoporose em locais com menos acesso a densitometria

22. Recuperação de Mobilidade com o New Mobility Score

Na Irlanda, descobriu-se que apenas 28% dos idosos com fraturas recuperaram mobilidade pré-fratura em até 120 dias, enfatizando a necessidade de fisioterapia intensa para uma recuperação completa

23. Aumento Previsto nas Fraturas de Quadril na Escócia

Na Escócia, é previsto um aumento de 57% nas fraturas de quadril até 2029, devido ao envelhecimento da população, destacando a urgência de fortalecer o sistema de saúde

24. Impacto do Uso de Anticoagulantes em Pacientes com Fraturas

Estudo norueguês observou que pacientes em uso de anticoagulantes enfrentaram maiores atrasos cirúrgicos após fraturas, sugerindo que protocolos específicos para esse grupo podem melhorar o atendimento

25. Qualidade de Vida e Limitações Pós-Fratura

Na Irlanda, observou-se que 44% dos pacientes relatam dores e dificuldades de mobilidade quatro meses após a fratura, indicando a importância de reabilitação contínua

26. Aderência a Padrões Clínicos Reduz Mortalidade em Pacientes com Fraturas

Estudo na Austrália destacou que hospitais que seguem protocolos de atendimento clinicamente comprovados apresentam menores taxas de mortalidade, o que evidencia a importância de seguir padrões baseados em evidências

Esses 26 highlights do Congresso de Fraturas por Fragilidade mostram como avanços em nutrição, medicamentos, reabilitação e políticas de saúde pública podem transformar a recuperação e qualidade de vida de idosos com fraturas.

Para mais detalhes sobre osteoporose e cuidados geriátricos, visite osteoporose em idosos.

 

Referência :

Fragility Fracture Network GlobalCongress Oslo, Norway 4 to 6 October 2023 Geriatric Orthopaedic Surgery& RehabilitationVolume 15: 1–12

 

5 de novembro de 2024 0 comment
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